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Jornalista, produtor cultural e mestre em Comunicação pela UFG / pablokossa@bol.com.br
Goiânia - Um amigo me perguntou, escorrendo ironia pelos cantos da boca, qual seria o craque do Ruralz...ops, Goianão. Sem titubear, respondi na lata: “são dois craques, o marketing do Goiás e o da Creme Mel”. Sem eles, o campeonato teria o fim melancólico e seria esquecido. Os caras salvaram algo fadado ao fracasso. Tal qual escrevi sobre o gol redentor do Atlético no ano passado, a taça de verdade teria que ser entregue a quem teve essa genial ideia. Um brinde aos responsáveis!
Meu desânimo com o Goianão não é de hoje. Esse ano ainda não fui ao estádio. Nem a promoção do picolé me animou ir para a arquibancada do Serra Dourada. Nem o elogiável movimento #VempraRampa – esse até me estimulou mais que o ingresso com os palitinhos. E nem pela televisão assisti: levei minha caçula na programação dominical vespertina de teatro infantil do Sesc no Setor Central. Não tenho dúvidas que ganhei mais do que ver um empate mixuruca para um título que não me motiva em nada como esmeraldino.
A criatividade da jogada do Goiás e da Creme Mel merece destaque. A mídia espontânea que a empresa conseguiu com uma semana de exposição intensa em tudo quanto é tipo de veículo de comunicação deixou o investimento direto na ação barato. Para o time, foram dois gols – a reaproximação com uma torcida cansada do desprezo que vem da diretoria e uma grana extra no caixa que nem na hipótese mais otimista chegaria via bilheteria sem promoção. O típico negócio perfeito, quando é bom para todas as partes.
O desafio agora é manter a pegada criativa para o Brasileirão. Já sabemos que o time é esse, com talvez um ou outro nome que aporte por aqui, e que as ambições são menores do que o PIB do país para esse ano. Para não repetirmos a ridícula posição de pior média de público da competição, só com promoções desse tipo. Para a política de ingresso caro e que estimule a adesão ao Nação Esmeraldina, só com time competitivo que brigue pela parte de cima da tabela. Sabemos que não é essa a ambição para 2015.
Já que com bilheteria, não estávamos enchendo nem mesmo o estádio da Serrinha, então que venham picolés para encher o estádio!