Ludymila Siqueira
Goiânia - Iniciadas há mais de dois anos, as obras do BRT Norte/Sul na Praça Cívica, setor Central de Goiânia, se arrastam e geram transtornos à população que trafega pela região. A morosidade dos serviços tem impactado diretamente os comerciantes e o trânsito em um dos principais pontos da Capital, localizado a menos de 50 metros da sede do governo do Estado.
À reportagem do jornal A Redação, a Prefeitura de Goiânia afirmou que os serviços na Praça Cívica devem ser finalizados até 31 de outubro. No entanto, uma equipe do AR esteve, nesta quarta-feira (4/10), por volta das 15h, no local e não encontrou movimentação de operadores trabalhando.
(Foto: A Redação)
Para o comerciante William Pereira, que trabalha na região há mais de 30 anos, o sentimento é que os serviços estão "abandonados”. “ "Não consigo acreditar que este BRT irá funcionar. Há tanto tempo a prefeitura investe nestas obras e até o momento ainda não vi os ônibus funcionarem. Nós que somos comerciantes sentimos muito o enfraquecimento das vendas devido a estes serviços que, aparentemente, não tem data para serem finalizados", ressaltou em entrevista ao jornal A Redação.
(Foto: A Redação)
Para a empresária Alessandra Neves, as obras na Praça Cívica impactaram diretamente os estabelecimentos comerciais da região. Dentre as principais queixas estão o tráfego intenso de veículos, que acarreta em longos congestionamentos, e também os constantes acidentes com as mudanças e intervenções no trânsito na Região.
Segundo ela, com os blocos instalados, "sem aviso", o número de colisões aumentaram significativamente. "Se tornou comum ver acidentes aqui toda semana", disse em entrevista ao jornal A Redação.
Desconforto político
Além dos transtornos à população que trafega pela região da Praça Cívica, o atraso das obras tem gerado desconforto também junto ao governo do Estado. Fontes ligadas ao governador Ronaldo Caiado (UB) afirmam que o chefe do Executivo goiano estaria constantemente reclamando da morosidade para a conclusão destes trabalhos.
Ainda, segundo pessoas próximas, Caiado tem avaliado se há operários no local e a quantidade, quando transita de carro pelas imediações. O gestor estadual já teria levado a reclamação ao prefeito Rogério Cruz.
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