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júri adiado pela 4ª vez

Valério Filho sobre quebra de isolamento de jurado: "Vamos pedir apuração"

Crime vai completar 10 anos em 5 de julho | 14.06.22 - 16:09 Valério Filho sobre quebra de isolamento de jurado: "Vamos pedir apuração" VALÉRIO LUIZ FILHO FALA SOBRE ADIAMENTO DO JÚRI DO ASSASSINATO DO PAI DELE, O RADIALISTA VALÉRIO LUIZ. CRIME OCORREU EM 5 DE JULHO DE 2012 (Foto: reprodução/Instagram)
Ludymila Siqueira

Goiânia -
 "Peço que o Tribunal reforce a segurança dos jurados na próxima sessão, com um policial militar na porta de cada quarto". O apelo é do advogado Valério Luiz Filho e foi feito nesta terça-feira (14/6) após o júri popular dos acusados de assassinar o pai dele, o radialista Valério Luiz, ser adiado mais uma vez, após um dos jurados do caso ter um "mal-estar" e quebrar o isolamento em um hotel da capital. Segundo o advogado, havia um oficial de Justiça no hotel, mas, mesmo assim, o jurado conseguiu sair. "Vamos pedir uma investigação para apurar se alguém entrou em contato com ele. Isso é grave e pode ter repercussões, inclusive no processo". 

Esta é a quarta vez que o júri é adiado, sendo que uma nova data foi marcada: 5 de dezembro. O crime que vitimou o radialista Valério Luiz completa 10 anos no próximo dia 5 de julho.  Após ter a informação que um dos jurados teria tido um "mal-estar", isso já durante o segundo dia de sessão, o juiz  Lourival Machado dissolveu o Conselho de Sentença e adiou novamente o júri.



1º dia de júri do caso Valério Luiz (Foto: TJ-GO)

Em entrevista coletiva logo após o anúncio do novo adiamento, Valério Filho, que é advogado assistente no julgamento, comentou que o jurado teria deixado o hotel na madrugada desta terça-feira (14). "Ninguém sabe para onde ele foi, com quem falou e nem se alguém foi buscá-lo", pontuou o advogado. Além disso, Valério Filho destacou que "pessoalmente queria continuar o júri, mas o Ministério Público, como fiscal da Lei, viu que não tinha condição por não saber o que o jurado teria feito durante a madrugada". 
 
Entenda o crime 
O cronista esportivo foi morto a tiros em 5 de julho de 2012, quando saía do trabalho em uma rádio no Setor Serrinha, em Goiânia. Maurício Sampaio, então vice-presidente do Atlético-GO, é acusado de ser o mandante. O crime teria sido motivado por comentários negativos feitos por Valério Luiz em relação ao time e ao então vice-presidente do clube.


Valério Luiz foi morto a tiros na saída do trabalho, em julho de 2012 (Foto: Randes Nunes/A Redação)
 
Os outros réus no processo são Ademá Figuerêdo Aguiar Filho, indiciado como autor dos disparos; e Urbano de Carvalho, Djalma Gomes da Silva e Marcus Vinícius Pereira Xavier, apontados como articuladores do assassinato.  
 
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