A Redação
Goiânia – Pesquisa da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), realizada pelo instituto Brain Inteligência Imobiliária, aponta que os primeiros seis meses de 2024 registraram um aumento de 14% no número de imóveis vendidos em Goiânia. Caso a tendência se mantenha, o volume de vendas ao longo do ano deve se aproximar dos R$ 6,5 bilhões, conforme apontado por Credson Batista, diretor de pesquisas e estatísticas da Ademi-GO. Os números também são positivos em termos de valorização.
No primeiro semestre, a cidade apresentou um aumento de 12,3% no valor médio dos imóveis residenciais, atingindo R$ 8.931 por metro quadrado. Para a Ademi-GO, 2024 promete ser ainda mais rentável que o ano anterior, quando a valorização dos imóveis foi de 18% em relação a 2022.
“Aqueles que investiram no nosso mercado obtiveram uma valorização muito expressiva, superior a outros investimentos como renda fixa, mesmo com as altas taxas de juros, o que deixou os clientes satisfeitos com suas decisões de compra e investimento. Em 2024, as projeções indicam que esse retorno será ainda mais positivo, podendo superar a marca de 20% no ano”, destaca Credson.
Para os edifícios comerciais, o valor médio apurado no mesmo período foi de R$ 13.889 por metro quadrado. “Esse segmento teve um volume significativo de lançamentos nos últimos anos. O mais recente deles comercializou 100% das unidades, com preços em torno de R$ 20 mil por metro quadrado. A média dos edifícios comerciais certamente continuará a crescer nos próximos meses”, aponta Fernando Razuk, presidente do conselho da Ademi-GO.
Em termos de valorização, quatro setores se destacam na capital: Bueno, Marista, Oeste e Jardim Goiás. Nesses bairros, o preço médio já superou os R$ 10.850 por metro quadrado, com destaque para o Setor Marista, o mais valorizado da cidade, onde o valor médio se aproxima de R$ 12 mil. “O Marista é o setor mais demandado de Goiânia devido à sua localização estratégica, cercada pelos bairros mais procurados. Além disso, possui uma rede de serviços e conveniências bem estruturada, abrigando os principais restaurantes da cidade, o que justifica o preço acima dos demais setores”, destaca Razuk.
A capital goiana também registrou uma redução de 1.320 unidades em estoque em relação ao fechamento do ano anterior, alcançando a marca de 10.301 unidades. Em comparação com o estoque de julho de 2023, a queda foi de 14,5%, passando de 12.049 para 10.301 unidades. Esse movimento se deve à redução de 16% no volume de lançamentos em relação ao primeiro semestre de 2023, somada ao incremento nas vendas, o que resultou na queda do estoque.
Apesar da diminuição no número de unidades lançadas, o VGV (Valor Geral de Vendas) dos novos lançamentos foi 2% maior em relação ao mesmo período do ano anterior. “Esses dados reforçam a tendência de valorização dos imóveis, impulsionada principalmente pelo aumento dos custos e pela demanda crescente”, comenta Felipe Melazzo, presidente da Ademi-GO.
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