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Investimentos

Pesquisa mostra aquecimento do mercado imobiliário horizontal de Goiânia

Vendas de lotes tiveram aumento de 146% | 07.06.25 - 10:04 Pesquisa mostra aquecimento do mercado imobiliário horizontal de Goiânia Condomínio horizontal (foto: reprodução)
Catherine Moraes
 
Goiânia - As vendas de lotes em Goiânia e em cidades da Região Metropolitana tiveram um aumento de 146% no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram comercializados 4.161 imóveis nos três primeiros meses deste ano. Já em 2024, no período correspondente, foram 1.690. É o que revela a pesquisa Mercado imobiliário horizontal 1T/2025, realizada pela Brain Inteligência Estratégica, apresentada a representantes do segmento na noite desta quarta-feira (4/6) em Goiânia. A perspectiva é de que o crescimento deve continuar, mas entraves burocráticos para o lançamento de novos projetos ainda é um gargalo.
 
“O que mais chama atenção, inclusive dos últimos trimestres e até dos últimos dois anos, é um crescimento em nível do mercado, tanto de lançamento quanto de vendas”, avalia Marcelo Gonçalves, consultor da Brain e um dos autores do estudo, acrescentando que o crescimento das vendas é maior ainda que os lançamentos. “Por isso hoje vivemos uma das menores taxas de estoque no mercado horizontal dos últimos dez anos na Região metropolitana, que engloba Goiânia mais 19 cidades. Nós lançamos mais, mas vendemos mais também. Então o mercado está mais aquecido e isso reduz a taxa dos nossos estoques”, explica Gonçalves.
 
O consultor reconhece que o mercado imobiliário goianiense e de cidades próximas a Goiânia tem surpreendido ano a ano. “Em um ano em que o Brasil cresceu 20%, chegamos a quase 50% acima disso, tanto no mercado horizontal quanto no vertical, o que evidencia que temos realmente um crescimento fora da curva quando falamos desse processo”, exemplifica. 
 
Outro aspecto é a diversificação dos produtos, que vão desde alto padrão a opções mais populares, passando pelo segmento mais voltado para o padrão médio e econômico.
 
Um dos destaques é o município de Senador Canedo, com empreendimentos de grande qualidade e rentabilidade. “É um padrão que faz as pessoas quererem morar no horizontal mesmo que em cidades próximas à capital. Isso é um processo que vem acontecendo e ele só se mostrou mais forte ainda nesse primeiro trimestre de 2025”, testemunha o consultor. Nesse sentido, Senador Canedo absorveu boa parte desse crescimento do mercado horizontal.
 
Presidente da Associação dos Desenvolvedores Urbanos do Estado de Goiás (Adugo), João Victor Araújo projeta que haverá novo recorde de menor estoque quando for realizado o balanço do primeiro semestre de 2025. “Isso vai acontecer porque não temos lançamento de loteamentos novos no primeiro trimestre e no segundo trimestre, que se encerra em junho. A tendência é de continuarmos assim até o final do ano de 2025”, avaliou. Um dos entraves para retomar a produção envolve as mudanças no comando das prefeituras da região e das respectivas equipes. 
 


João Victor Araújo, presidente da Adugo (Foto: divulgação)
 
“De novo existe uma preocupação do produtor de lote, do empresário incorporador horizontal, de, às vezes, enxergar essa taxa de juros muito alta, ficar com mais receio, esperar um pouco mais. Então, esse ano é um ano que os preços continuarão subindo e o estoque vai baixar drasticamente”, analisa o presidente da Adugo. Já o consultor da Brain acrescenta outra perspectiva: a de um mercado que tem um gargalo, as aprovações. “Temos visto que os lançamentos têm sido sucesso de vendas. Então, se conseguirmos mais parcelamento de solo e efetivamente uma aprovação mais fácil e menos demorada, teremos um mercado com melhor perspectiva”, diz.
 
O consultor pondera o período desde que a Brain começou a fazer esse monitoramento, no início de 2017, e relata que o mercado se ampliou. “Em um primeiro momento se falava em muita oferta, mas nós detectamos que isso não existia e cada vez mais vemos um consumo maior do que o número de lançamentos Por isso essa diminuição tão grande no nível de oferta do chamado estoque”, justifica.

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