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Sobre o Colunista
José Abrão
José Abrão é jornalista e mestre em Performances Culturais pela Faculdade de Ciências Sociais da UFG / atendimento@aredacao.com.br
Nicholas Hoult e JK Simmons em 'Jurado Nº2' (Foto: divulgação)
Após uma série de filmes ruins e o que foi denominado de "fase patriótica", Clint Eastwood finalmente retorna com uma obra sólida para adicionar ao cânone. Jurado Nº2, de forma bem direta, pode ser descrito como um filme de tribunal. A trama acompanha Justin Kemp (Nicholas Hoult), um homem comum que, deixando sua esposa grávida em casa, se apresenta como jurado em um julgamento por homicídio. No entanto, sua conexão com o caso que está julgando pode ser mais profunda do que imaginava.
A partir daí o filme tem a fórmula já testada de “12 Homens e Uma Sentença com um twist”, mas que se destaca de outros do gênero por conseguir amarrar um bom roteiro com ótimas atuações, além de uma direção magistral por parte do veteraníssimo Eastwood que, do alto dos seus 94 anos, consegue direcionar um olhar único à trama.
Dessa forma, ele consegue transformar um filme de tribunal, com poucos cenários e personagens, em um thriller, de botar a audiência para pensar e para se questionar sobre questões muito desconfortáveis. É um incômodo semelhante ao sofrido por leitores de Crime e Castigo, mas Eastwood consegue fazer isso em menos de duas horas.
Entre as atuações, Hoult se destaca como Kemp, o que não surpreende, já que ele se mostra cada vez mais como um dos melhores atores da sua geração. Toni Collette também brilha como a promotora em campanha Faith Killebrew, que precisa vencer o caso para garantir sua eleição. Há, ainda, a participação de JK Simmons como outro jurado, Harold, que, apesar de breve, ainda é muito boa.
O resultado é um filme imperdível e que entra para a lista de destaques da filmografia do diretor, ao lado de Gran Torino (2008), Menina de Ouro (2004), Sobre Meninos e Lobos (2003) e Os Imperdoáveis (1992).