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Sobre o Colunista
José Abrão
José Abrão é jornalista e mestre em Performances Culturais pela Faculdade de Ciências Sociais da UFG / atendimento@aredacao.com.br
A banda Kanonenfieber (Foto: divulgação)Ao contrário do que alguns roqueiros das antigas vão te dizer por aí, a nova cena do rock mundial vai muito bem, obrigado. Um dos nomes mais interessantes dessa nova cena é a banda alemã Kanonenfieber (Febre do Canhão, em tradução livre), projeto do artista multi-instrumentista conhecido apenas como Noise que compõe e grava todas as canções sozinho e depois sai em turnê com músicos contratados.
E tudo isso de forma 100% independente. Kanonenfieber, assim como outros projetos de Noise, tem uma proposta inteiramente temática. Inspirado por milhares de cartas e diários que ele leu sobre a Primeira Guerra Mundial, o artista trabalha músicas que falam sobre o conflito e passam uma clara mensagem anti-guerra e de protesto.
E é uma bela execução! No palco, Noise e seus companheiros usam uniformes e roupas da época, rodeados por baionetas, sacos de areia e fogo. Neste mês, ele lançou o aguardado segundo disco da banda, Die Urkatastrophe (A Catástrofe Primordial), que consegue ser ainda mais potente do que o disco de estreia, Menschenmühle (O Moedor Humano), de 2021.
Em um ano cheio de lançamentos excepcionais, este álbum de Death Metal se destaca como um dos mais criativos, originais e instigantes do cenário atual, se tornando inteiramente imperdível para quem é um grande fã de Metal e de rock pesado no geral.
O lado ruim de ser tão independente é que não há a menor chance do Kanonenfieber dar as caras fora da Europa, então se você estiver por lá, fique atento aos festivais. Vale conferir também o projeto de Black Metal de Noise, Nom Est Deus, que lançou disco novo no ano passado igualmente poderoso, mas com a temática de questionar a religião organizada.