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Feira do Sol é programa de família aos domingos em Goiânia

Evento se repete há 33 anos | 07.07.23 - 18:03
Feira do Sol é programa de família aos domingos em Goiânia Foto: Letícia Coqueiro/A Redação
Carolina Pessoni
 
Goiânia - As feiras já são uma característica de Goiânia e um dos principais atrativos turísticos da cidade. Esse tipo de evento já se tornou referência nacional e internacional da capital e promove a permanência de aspectos da cultura popular dentro do contexto urbano.
 
Uma das principais feiras responsáveis por essa manifestação cultural é a Feira do Sol. Uma das mais tradicionais de Goiânia, ela ocorre todos os domingos na Praça do Sol, no Setor Oeste, região central de Goiânia.
 
Junto da Feira da Lua e Hippie, a Feira do Sol formou a dianteira das feiras especiais da cidade. Foi a partir delas que outras feiras desta categoria surgiram em Goiânia, transparecendo a mistura de aspectos tradicionais e modernos.
 
A Feira do Sol surgiu de uma ideia inovadora: um grupo de pintores e artesãos pretendia mostrar à população como eram produzidas as peças artesanais e as pinturas em tela ao ar livre. Desse encontro semanal de artistas na Praça do Sol surgiu a feira que leva o mesmo nome e foi registrada em 1º de abril de 1990. 
 

(Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
 
Neste evento semanal, os visitantes encontram barraquinhas de alimentos, vestuário, bijuterias, antiguidades, flores e artesanato, além da comercialização de filhotes de cães, que chama a atenção da criançada. A venda de produtos industrializados é proibida. Para quem quer atuar na feira, a prefeitura concede autorização por tempo determinado, o que permite melhor rodízio de criadores.
 
Elaine Morais começou a trabalhar na Feira do Sol em 2012, quando resolveu mudar de segmento profissional. "Queria trabalhar pra mim, ser empreendedora e as feiras surgiram como alternativa pra fazer isso possível. A Feira do Sol surgiu como uma das melhores opções devido à localização e público", destaca.
 
Ela trabalha com roupas esportivas femininas e a feira é sua principal fonte de renda. "Acho que é também a da maioria dos feirantes. Ela me dá o retorno necessário para manter meu negócio, e conseguir honrar com os compromissos com meus fornecedores e prestadores de serviço que são meus parceiros."
 
Para Elaine, a Feira do Sol é uma opção de lazer para as famílias goianas, com diversas opções de lazer, desde produtos, brinquedos, rodas de capoeira, arte, decoração, animais. "Além disso, a feira é um ponto turístico importantíssimo para a cidade. Frequentemente recebemos visitantes de todas as partes do Brasil, sem contar que é fonte de arrecadação para o município", ressalta.
 
Roberto Alfonso Lazarte Oblitas foi um dos primeiros a trabalhar na Feira do Sol. Ele conta que por volta de 1989 participava de uma feira na Rua 8, no Centro, e, quando foi idealizada a Feira do Sol e da Natureza, a prefeitura convidou os comerciantes que atuavam na feira da Rua 8 para participar da nova.
 
"Começamos em sete comerciantes, que não tinham nem bancas, usávamos mesas. A feira era administrada pela Secretaria de Turismo, que começou a divulgá-la com fins turísticos. Não havia energia, dependíamos da iluminação dos postes da praça", relembra.
 
Ele conta que começou vendendo dois produtos, o bolo chiffon de laranja e chocolate e um bolo tipo inglês com frutas cristalizadas. "As pessoas começaram a chegar, a demanda aumentou porque as propagandas nos colocaram no roteiro turístico de Goiânia", recorda Roberto.
 
Com isso, foi preciso aumentar o cardápio e outros itens foram adicionados, como o bolo de café com nozes e o babaruá. O feirante conta ainda que chegou a fabricar salgados, mas a procura pelos doces foi tanta que optou por trabalhar só com eles, se especializando nos doces peruanos, que, aliado à qualidade dos produtos, criou um diferencial grande.
 

Roberto Alfonso Lazarte Oblitas é um dos primeiros feirantes da Feira do Sol (Foto: Arquivo Pessoal)
 
A feira sempre fez parte da vida de Roberto. Apesar de ter lecionado a disciplina de Espanhol em várias escolas particulares da capital, já que tem a formação em Educação no Peru, sempre mantinha as feiras em paralelo. "Hoje estou aposentado como professor e tenho o negócio dos doces peruanos há 35 anos, nas Feiras da Lua e do Sol, encomendas e delivery por aplicativos. Os doces sustentam hoje cinco famílias, é um trabalho pequeno, mas que faço com muito agrado todos os finais de semana, permanentemente", destaca.
 
Para Roberto, a Feira do Sol serviu como um ingresso para ser conhecido no mercado de doces e bolos. "Estamos chegando à terceira geração de clientes, além dos novos. A feira é importante para nós na parte comercial e de relacionamento com nossos consumidores. É muito importante para mim e para todos que trabalham nela."
 
O feirante ressalta que a Feira do Sol ainda tem importância turística, como na sua concepção inicial. "Tem pessoas que vêm do interior especificamente para ir à Feira do Sol, tenho clientes que vêm para fazer compras e voltar para suas cidades, até estrangeiros que vêm de Brasília para fazer compras aqui. Aqui é um ponto turístico, quando você enumera as coisas de Goiânia, a Praça do Sol também é mencionada. Então, é importantíssimo e, se nos organizarmos mais, ganhamos mais ainda."
 
 
 

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