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HENRIQUE EDUARDO

Efeitos da saudade em um corpo sequelado

| 25.03.25 - 09:44 Efeitos da saudade em um corpo sequelado Henrique Eduardo (foto: divulgação)
Ir e vir, caminhar sem um lar por perto, faz com que, muitas vezes, a solidão se instale silenciosamente. Somos obrigados a nos construir sozinhos, a chegar a certos lugares sem companhia, a dormir sem certezas sobre o amanhã e a lidar com notícias inesperadas sem qualquer preparo.
 
Casa é o lugar onde o corpo habita; lar é onde a alma descansa, onde a vida ganha sentido, onde há colo e serenidade.
 
Construir uma nova vida exige renúncias. Abri mão de ter meus pais por perto, de ver diariamente as pessoas que mais amo. A tela de um celular é uma barreira fria, que não me permite saber o que realmente acontece do outro lado. Mensagens são rasas, incapazes de substituir a conexão verdadeira que compartilho com aqueles que fazem parte da minha história.
 
Sonhos não nascem prontos. Eles são imaginados, construídos e vividos. Cada passo dado em direção a um sonho molda o caminho, e o tempo, de forma quase imperceptível, reorganiza as circunstâncias para nos levar à nossa verdadeira rota. Há encontros e desencontros, desafios e mudanças inesperadas que nos forçam a sair da zona de conforto. Esse foi meu grande dilema, mas também minha grande salvação.
 
Eu estava preso, submerso em situações que não poderia resolver sozinho. Mas, de alguma forma, consegui. Mudei minha rota, meus objetivos e me permiti seguir adiante.
 
Voltar ao lar é mais do que um retorno físico: é reencontrar forças para continuar sonhando. Pois, lá, há quem sonhe junto com a gente.

*Henrique Eduardo é escritor, poeta e estudante de medicina


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