Fonte de proteína, cálcio, carboidratos, sais minerais e vitaminas, o leite tem um lugar especial na mesa dos brasileiros. Para chegar ao consumidor final, esse produto, tão apreciado pela população, passa pelas mãos habilidosas e dedicadas do produtor, pela tecnologia da indústria e por criteriosa inspeção.
De vaca, cabra, ovelha ou búfala, o leite e seus derivados representam o sustento nutricional e financeiro de diversos povos pelo mundo. A cadeia é estruturada de forma complexa e diversificada, sendo formada por diferentes entes que atuam de forma integrada, incluindo produtores, cooperativas, indústrias e comércio, e que, juntos, contribuem diretamente para geração de empregos e renda, no campo e na cidade.
Goiás é o quarto maior Estado na produção nacional de leite, com 3,18 bilhões de litros, segundo dados da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) 2019 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em 2020. Hoje, a estimativa do Valor Bruto da Produção (VBP) de leite para 2021, em Goiás, segundo atualização do mês de abril, é de R$ 5,3 bilhões, o que representa aumento de 2,1% em relação ao ano passado, e 10,9% do VBP nacional do leite.
Os números refletem a importância da cadeia e o comprometimento de produtores, investindo em genética, nutrição, manejo e tecnologias necessárias para tornar seu produto mais competitivo, assim como da indústria, que aprimora a cada dia sua manufatura, incorporando novas práticas de higiene, fabricação e conservação dos produtos lácteos.
Da mesma forma, o Estado de Goiás complementa o sistema e atua diretamente fomentando políticas públicas e agindo junto a cada um dos entes envolvidos. A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) trabalha, por exemplo, pela sanidade animal do rebanho e a qualidade dos produtos, enquanto a Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural, e Pesquisa Agropecuária (Emater) desenvolve pesquisas e atua diretamente junto ao produtor rural na questão do extensionismo, levando informação e assistência diretamente onde ele precisa.
A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) também atua na linha de frente como mediadora na questão dos preços pagos ao consumidor, sendo destaque a criação, em 2019, na atual gestão do governador Ronaldo Caiado, da Câmara Técnica de Conciliação da Cadeia Láctea de Goiás e do Boletim de Mercado do Setor Lácteo. A Câmara é uma iniciativa elaborada, em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado de Goiás (Sindileite), e busca integrar, cooperar e dar maior transparência entre os membros da cadeia produtiva, em busca do aumento da competitividade do setor e garantia da qualidade e sanidade dosprodutos lácteos ao consumidor final.
Além disso, a Seapa e a Agrodefesa trabalharam diretamente junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para consolidar as primeiras habilitações Selo Arte para produtores de queijos artesanais em Goiás. A ação busca agregar valor aos produtos, por meio da regularização da fabricação artesanal de queijos, gerando renda ao produtor, com garantia de qualidade e controle sanitário dos produtos ofertados à sociedade.
Esses são alguns dos resultados e dos passos já trilhados. Estado, produtores e indústrias que somam esforços para um bem comum: entregar leite, queijo, manteiga ou outro produto com qualidade, para que o leite continue sendo o que é, uma estrela na mesa dos brasileiros. E nesta data, 1º de junho, quando se comemora o Dia Mundial do Leite, os nossos agradecimentos a quem faz parte dessa importante cadeia produtiva em Goiás. Um brinde ao leite!
*Tiago Mendonça é secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa)