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Seccional Goiás

Lúcio Flávio sobre eleições na OAB: "Será escolha entre o que era e o que é"

Pleito está marcado para 30 de novembro | 06.05.18 - 09:08 Lúcio Flávio sobre eleições na OAB: "Será escolha entre o que era e o que é" (Foto: Esther Teles/A Redação)
 
Mônica Parreira e João Unes
 
Goiânia – O ano de 2018 começou com as eleições em foco e o tema ganha ainda mais força com a proximidade do segundo semestre. Na advocacia goiana não é diferente. O pleito para eleger a diretoria que assumirá a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) no próximo triênio está marcado para 30 de novembro. Para o presidente da seccional, Lúcio Flávio de Paiva, ainda não é momento de aprofundar o assunto, já que o foco é a gestão, mas destaca que o pleito "será uma escolha muito clara entre o velho e o novo, entre o que era e o que é". 
 
Lúcio Flávio visitou a sede do jornal A Redação na última quarta-feira (2/5) e detalhou como será o calendário eleitoral da seccional goiana. Conforme explicou, a data escolhida para as eleições coincide com o limite do prazo estabelecido pelo Conselho Federal. Antes de 30 de novembro, as chapas terão 45 dias para realizar campanha. Para ele, quatro assuntos devem pautar as discussões: prerrogativas, advocacia do interior, honorário dativo e saúde financeira da Ordem.
 
Em entrevista exclusiva aos jornalistas João Unes e Mônica Parreira, o presidente da OAB Goiás negou qualquer movimentação nos bastidores que possa indicar sua candidatura. “Da nossa parte, antes de agosto eu posso garantir que não haverá nenhuma movimentação eleitoral”, disse ao esclarecer que seu principal foco é concluir o mandato que lhe foi confiado cerca de três anos atrás. “Estamos no 27º mês, e a advocacia nos elegeu para um mandato de 36”.
 

(Foto: Esther Teles/A Redação)
 
Além de falar sobre eleições, Lúcio Flávio também comentou a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, o petista foi julgado e condenado dentro do processo legal e como qualquer brasileiro. “Rechaço qualquer discussão de que o petista “estaria submetido a processo político ou tribunais de exceção”. Ele ainda fez um balanço do que foi realizado em sua gestão até aqui
 
Confira o trecho da entrevista em que Lúcio Flávio comenta sobre as eleições na OAB Goiás: 
 
Jornal A Redação: O senhor é candidato à reeleição na OAB Goiás?
Lúcio Flávio: Muita gente me pergunta sobre pré-candidatura. Tenho dito e repetido com a maior sinceridade: estou no 27º mês de gestão e a advocacia me elegeu para um mandato de 36. Não devo e não posso falar de política agora. Tenho que gerir a instituição. Então hoje eu não sou candidato, nem pré-candidato, não sou absolutamente nada nesse sentido. Sou o presidente da Ordem e minha preocupação full time é com a gestão, com o exercício do mandato que a advocacia muito honrosamente me outorgou. Política tem hora, tem prazo para ser feita.
 
AR: E quando vai começar essa discussão no seu grupo político? 
LF: Vamos falar de campanha, candidatura ou pré-candidatura ali para setembro. Reuniremos com os colegas de gestão, que estão carregando o piano comigo, e ouvi-los. Depois com a advocacia, com os colegas, para entender se eles acham se esse modelo que implantamos na Ordem merece uma continuidade. Caso mereça, descobrir se o meu nome é o mais adequado ou não.
 
AR: Em 2015 o senhor foi eleito com uma base aliada muito ampla. Algumas pessoas foram deixando a administração e hoje aquele grupo que foi eleito não é mais o mesmo que está no poder. O que aconteceu?  
LF: Toda campanha de oposição, como foi a minha, demanda uma união de forças que muitas vezes é heterogênea, e foi isso que aconteceu. A partir do momento em que a gestão começou, parte integrante desse grupo eleito se frustrou com os destinos que eu dei para a OAB. Esperavam que a OAB fosse se transformar em um quartel general da oposição ao governo do estado de Goiás. Tinham a esperança de que a OAB seria utilizada para fins político-partidários e ideológicos. E eu não permiti que isso acontecesse. Eu não permiti que a OAB se transformasse num braço político de forças diferentes daquelas que estavam. O que a advocacia esperava não era independência? Desvinculação? É isso que estamos entregando. Uma instituição independente, apartidária. Logicamente essas pessoas se sentiram desagradadas, desatendidas, decepcionadas e romperam com a gestão. É o preço a ser pago por conduzir a Ordem da forma como deve ser.
 
AR: E como está o Conselho hoje?
LF: Colocaria que cerca de 80% do Conselho Seccional é favorável aos rumos que a diretoria tem dado à OAB Goiás. Com as dissidências, vamos ficar de 15 a 20% de conselheiros dissidentes que exercem a sua oposição, democraticamente, expõem suas ideias e suas discordâncias. Temos um ambiente absolutamente democrático dentro da Ordem, todo mundo tem direito à fala e a voto. No Conselho Federal, de seis conselheiros, cinco apoiam nossa gestão.
 
AR: Como recebeu o lançamento da pré-candidatura da oposição?
LF: Não costumo comentar movimentos da oposição. O que posso dizer é que candidaturas oposicionistas são legítimas, bem-vindas por fazerem parte do sistema democrático, e nessa eleição será mais interessante ainda porque a OAB Forte com seu candidato, e nós com o nosso, vai permitir ao advogado fazer uma escolha muito clara entre o velho e o novo, entre o que era e o que é. Então penso que será uma eleição que vai colocar frente a frente dois modelos completamente diferentes.
 
AR: Quais temas devem pautar a eleição?
LF: Acho que existem temas tradicionais em campanhas, como prerrogativas, advocacia do interior, Unidade de Honorário Dativo (UHD) e saúde financeira da Ordem. Normalmente as campanhas tratam de temáticas muito amplas, mas acho que esses quatro temas são os que a gente pode esperar. A saúde financeira da OAB foi tema da campanha de 2015 e agora vai voltar. Mas vai voltar num outro patamar, porque em 2018 o que vai haver é uma comparação de como a OAB está financeiramente hoje e como ela estava em 2015. A grande discussão que a advocacia vai ter, e a grande reflexão que o advogado vai fazer é a seguinte: quer voltar ao modelo antigo, ao que foi durante 30 anos, ou vamos continuar mudando profundamente a instituição, como tem sido mudado de 2016 para frente?
 
AR: Há risco da eleição para o governo estadual contagiar a eleição da OAB?
LF: Zero risco, e por um motivo: hoje a OAB Goiás é uma instituição completamente independente de qualquer força político-partidária. Repito, zero chance disso acontecer.
 

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