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Saúde

Saiba como se proteger da “doença do beijo” no carnaval

Especialista avalia importância dos cuidados | 26.02.25 - 11:43 Saiba como se proteger da “doença do beijo” no carnaval (Foto: divulgação)
A Redação 

Goiânia - 
O carnaval está chegando e milhares de foliões já se preparam para dias de festa e muita animação. No entanto, em meio à celebração, é essencial manter os cuidados com a saúde, especialmente em relação à mononucleose, popularmente chamada de "doença do beijo".
 
A infecção, causada principalmente pelo vírus Epstein-Barr, pode ser transmitida por meio do contato com saliva contaminada, tornando os blocos de rua e festas lotadas, ambientes propícios para sua disseminação. Além do Epstein-Barr, outros agentes infecciosos, como citomegalovírus e toxoplasma, também podem causar a doença.
 
“Ela é mais frequente entre adolescentes e jovens adultos, na faixa etária de 15 a 25 anos. Os sintomas podem incluir fadiga intensa, febre, dor de garganta, placas na garganta, dores no corpo e cefaleia”, explica o infectologista Fernando de Oliveira, coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do São Luiz Morumbi.
 
Nos estágios iniciais, a mononucleose pode ser confundida com outras infecções virais. “O que pode sugerir um quadro de mononucleose é o aparecimento de gânglios inchados, especialmente no pescoço, além de manchas na pele”, complementa o médico.
 
Embora a maioria dos casos evolua sem complicações, alguns pacientes podem desenvolver problemas mais sérios, como inflamação no fígado e no baço, alterações no sangue e, em raros casos, ruptura do baço, inflamações no coração ou problemas neurológicos.
 
O diagnóstico requer avaliação médica e exames laboratoriais. Como não há um tratamento específico para a infecção, os cuidados incluem repouso, boa hidratação, uso de analgésicos para controle da febre e, em alguns casos, corticoides para alívio da inflamação.
 
Para reduzir o risco de contágio, é importante evitar o contato direto com a saliva de pessoas infectadas, além de não compartilhar copos, talheres e objetos de uso pessoal.
 
“Medidas simples, como manter a higiene das mãos e fortalecer o sistema imunológico com alimentação equilibrada, hidratação e descanso adequado, ajudam na prevenção”, destaca o especialista do São Luiz Morumbi, unidade da Rede D’Or localizada na zona Sul da capital paulista.

Além da mononucleose, o Carnaval também exige atenção redobrada para outras doenças como as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e até mesmo gripes e resfriados.
 
“Para curtir a folia com segurança, é fundamental adotar medidas preventivas e estar atento a sua saúde. Se estiver com sintomas, evite contato com outras pessoas e busque atendimento médico”, orienta o infectologista. 

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