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Stefanutto ainda não se manifestou | 23.04.25 - 17:03
Alessandro Stefanutto (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)Brasília – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a demissão do presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, nesta quarta-feira (23/4), apurou o Estadão/Broadcast, após operação da Polícia Federal identificar esquema fraudulento de descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas do instituto.
A operação que investiga o esquema foi deflagrada nesta quarta-feira pela PF e pela Controladoria-Geral da União (CGU). Trata-se da Operação Sem Desconto, que tem o objetivo de combater um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões. Até agora, o valor estimado em cobranças irregulares soma R$ 8 bilhões desde 2016, segundo auditoria da CGU. Procurado, Stefanutto ainda não se manifestou.
O assunto foi levado hoje cedo pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, a Lula em reunião no Palácio da Alvorada. Diante do episódio, o chefe do Executivo determinou a demissão de Stefanutto ao ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
Em coletiva de imprensa nesta manhã, o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinicius de Carvalho, afirmou que a investigação da Operação Sem Desconto apontou que os descontos de mensalidades associativas concedidos pelo INSS saltaram de R$ 413 milhões em 2016 para R$ 2,8 bilhões em 2024.
“Identificamos que a maioria dos aposentados de uma amostra não reconhecia que havia autorizado descontos”, disse o ministro.
Na coletiva, Lupi afirmou que a indicação de Stefanutto é “inteira” de sua responsabilidade.
“A indicação é da minha inteira responsabilidade. Ele (Stefanutto) é procurador da República, servidor que tem me dado todas as demonstrações de ser exemplar, fez parte do grupo de transição. Vamos, no processo, esperar as investigações em curso. Temos que cumprir a decisão da Justiça, de afastamento. Vamos aguardar o desfecho, com os cuidados devidos, para garantir o amplo e total direito de defesa”, comentou. (Agência Estado)