A Redação
Goiânia - O Partido Liberal (PL) de Goiás não irá recorrer da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO) que afastou a inelegibilidade do governador Ronaldo Caiado (UB) e rejeitou a pena de cassação do mandato do prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB) e da vice-prefeita Cláudia Lira. A decisão do PL foi tomada após articulação entre Caiado, Mabel, o presidente estadual do PL, senador Wilder Morais, e o ex-deputado estadual Fred Rodrigues (PL). Não havendo recurso, o processo no TRE-GO será encerrado.
A desistência em recorrer da decisão do TRE-GO ocorre após reaproximação entre o governador Ronaldo Caiado e Jair Bolsonaro. Dois dias depois de lançar sua pré-candidatura à Presidência da República, em Salvador, Caiado foi a São Paulo para participar de ato pela anistia aos participantes dos atos de 8 de janeiro. Na ocasião, Bolsonaro afirmou, em palanque, que "se Deus quiser, Caiado vai conseguir reverter a inelegibilidade". Segundo fontes próximas ao governador, a articulação entre PL e Caiado tem como objetivo unir as forças de direita em Goiás.
Entenda
O Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) reverteu, no dia 8 de abril, decisão de 1ª instância envolvendo denúncia por abuso de poder político que tornava o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) inelegível por 8 anos e cassava os mandatos do prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União), e da vice-prefeita Cláudia Silva Lira (Avante).
Em plenário, os desembargadores concederam parcial provimento aos recursos de Caiado e Mabel, mas mantiveram condenações em multa, rejeitando as penas de cassação e inelegibilidade.
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