A Redação
Goiânia - Horas antes da líder opositora da Venezuela, María Corina Machado, ter sido liberada pelo Comando Nacional do país, nesta quinta-feira (9/1), o governador Ronaldo Caiado (UB) usou suas redes sociais para criticar a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de enviar a embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia Oliveira, à posse de Nicolás Maduro.
A cerimônia ocorre nesta sexta-feira (10/1) quando o venezuelano fará o juramento na Assembleia Nacional para o terceiro mandato, que vai de 2025 a 2031. A informação foi divulgada inicialmente pelo UOL e confirmada por fontes da diplomacia brasileira. A leitura do governo é de que isso ajudaria a baixar ainda mais uma tensão entre os dois países que foi escalando depois da eleição de Maduro.
Diante da possível ida de Glivânia Oliveira a Caracas, Caiado disse que o governo Lula tem "a obrigação moral de cancelar o compromisso". Segundo o chefe do Executivo estadual, "o posicionamento de Lula em favor do ditador enfraquece a diplomacia brasileira e expõe uma certa paixão pela ditadura de um presidente que, até ontem, declarava-se amante da democracia."
Caiado ainda lembrou uma de suas experiências na Venezuela. "Em 2015, fui impedido, junto com mais oito senadores, de iniciar uma Missão Internacional na Venezuela. Naquela ocasião, fomos bloqueados na saída do aeroporto por militantes armados e mantidos praticamente sequestrados dentro de uma van até nosso retorno ao Brasil."
Caiado critica ida de embaixadora Glivânia Maria a posse de Maduro. (Foto: Agência Brasil)
