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Economia

Zé Mário sobre o agro: "2024 foi de adversidade, mas 2025 será de retomada"

Faeg divulgou balanço do setor | 18.12.24 - 11:37 Zé Mário sobre o agro: "2024 foi de adversidade, mas 2025 será de retomada" José Mário Schreiner (Foto: José Abrão)José Abrão
 
Goiânia – A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) realizou nesta quarta-feira (18/12) o balanço do setor agropecuário de 2024 e as projeções para o próximo ano. Durante o evento, realizado na sede da Faeg em Goiânia, o presidente da entidade, José Mário Schreiner, traçou um panorama do desempenho da agricultura goiana, destacando os desafios enfrentados ao longo do ano. Segundo Schreiner, 2024 foi um período marcado por "adversidade e instabilidade", com impactos significativos devido a eventos climáticos extremos.
 
“Vivemos situações extremas no clima: secas em muitas regiões, excesso de chuva em outras, como a catástrofe no Rio Grande do Sul. Isso impacta diretamente no sistema produtivo do nosso país”, afirmou o presidente da Faeg. O efeito das adversidades foi sentido principalmente nas colheitas, com uma produção abaixo do esperado, mas o líder do setor no estado já vislumbra um futuro mais positivo. Para 2025, a expectativa é de retomada, com a previsão de uma recuperação significativa na produção agrícola.
 
Apesar dos desafios enfrentados, Schreiner ressaltou que os produtores goianos conseguiram superar as dificuldades e manter o agronegócio em movimento. "Temos que comemorar o ano de 2024, apesar de todas as adversidades, porque o agronegócio goiano e brasileiro são uma locomotiva que puxa a economia", completou, reafirmando a importância do setor para a recuperação econômica do estado e do país.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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As exportações do agronegócio goiano apresentaram uma queda de 13% tanto em volume quanto em valor, refletindo a redução na produção e o aumento do consumo interno, especialmente de carne. A venda externa de soja registrou uma queda de 13%, enquanto a exportação de milho sofreu uma retração ainda maior, de 44%. No entanto, a exportação de carne teve um desempenho positivo, com crescimento de 18% em 2024, e o açúcar também apresentou aumento de 31% nas vendas para o exterior.
 
Para 2025, a previsão é de uma recuperação significativa nas exportações, com uma projeção de aumento de 16% nas vendas de carne, acompanhada pelo crescimento do consumo interno. Em 2024, o setor leiteiro teve uma recuperação da produção, enquanto a produção de aves e suínos também apresentou expansão, destacando-se como áreas de maior resiliência no cenário agropecuário goiano.
 
A safra 2023/24 enfrentou desafios, com uma redução de 5% na produção de soja e de 10% no milho devido à seca que afetou todo o estado. A falta de chuvas comprometeu a produtividade de diversos grãos em Goiás, resultando em uma queda na rentabilidade de 38% na soja e 24% no milho. Esse cenário adverso contribuiu para um aumento no endividamento, que atingiu 3,6% dos produtores rurais, com reflexos na safra 2024/25.

2025
As perspectivas para 2025 são otimistas, com condições climáticas mais favoráveis e projeções de crescimento de 12% na cadeia produtiva da soja e de 11% nos grãos. A expectativa é de uma colheita de 34 milhões de toneladas, um aumento de 11% em relação ao ano anterior. O setor de carnes também apresentou bom desempenho, com uma produção de 10,2 milhões de toneladas, consolidando Goiás como um dos maiores produtores do país.
 
Parte desse otimismo se deve à regularização das chuvas na safra 2024/25, o que promete uma colheita menos impactada por eventos climáticos adversos. Com isso, espera-se uma recuperação significativa na produção, trazendo resultados mais positivos para o setor agropecuário goiano no próximo ano.
 
José Mário Schreiner, presidente da Faeg, destacou que, apesar do otimismo, a cautela será necessária para 2025. “A gente prega gestão e cautela, mas de qualquer forma, teremos uma safra melhor que a deste ano. As carnes continuarão em um patamar remunerador, e as exportações devem seguir crescendo”, afirmou. No entanto, ele alertou que o setor agropecuário não está isolado: “O agro depende das questões fiscais e econômicas do Brasil. Estamos bastante otimistas, mas tudo está interligado”, concluiu.
 
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