Adriana Marinelli
Goiânia - O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), José Mário Schreiner, analisou o acordo comercial firmado entre a União Europeia e o Mercosul, destacando-o como um "grande avanço" para o agronegócio brasileiro. Schreiner ressaltou que, após 20 anos de negociações, o acordo tem o potencial de aumentar significativamente a participação do Brasil no mercado europeu.
"Hoje, cerca de 5% das nossas carnes tem como destino a União Europeia, mas podemos passar essa fatia para 15%, além de outros produtos. É um acordo que ainda vamos discutir, mas, depois de 20 anos, é um grande avanço, e para o Brasil é muito interessante", afirmou o presidente da Faeg, que se manifestou durante apresentação do balanço do Sebrae Goiás, realizada nesta segunda-feira (9/12).
O acordo, divulgado após a reunião dos líderes do Mercosul e União Europeia na sexta-feira (6), promete zerar as tarifas de exportação de uma série de produtos agrícolas brasileiros, como carne de aves, açúcar, etanol, arroz, mel, milho, suco de laranja, cachaça e frutas. Além disso, o café também terá o imposto zerado, conforme anunciou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em suas redes sociais.
A União Europeia, que hoje representa o segundo maior mercado importador do agronegócio brasileiro, logo atrás da China, se mostra cada vez mais importante para o setor agrícola do país. Embora o acordo seja um marco importante, ainda não há previsão para a entrada em vigor, uma vez que o novo texto passará por revisões, traduções e ratificação.
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