Meta sustentável: Goiânia deverá ter 38 ecopontos instalados até 2024

Presidente da Comurg anunciou objetivo | 22.11.21 - 14:57 Meta sustentável: Goiânia deverá ter 38 ecopontos instalados até 2024

(Foto: Prefeitura de Goiânia)

Théo Mariano

Goiânia - A Prefeitura de Goiânia estabeleceu uma meta que deverá ser concluída até 2024: ampliar em 34 o número de ecopontos na capital, para atingir a marca de 38 instalações ao redor da cidade. A informação foi confirmada ao jornal A Redação pelo presidente da Companhia Municipal de Urbanização (Comurg), Alex Gama. Segundo o gestor, a meta para o ano que vem já prevê a implementação de mais 12 unidades.

"O prefeito Rogério Cruz assumiu a gestão municipal com dois ecopontos. Hoje já tivemos um aumento de 100%, com quatro ecopontos instalados. Mas nossa plano para 2022 é fechar o ano com 16 unidades", contou Gama. De acordo com o presidente da Comurg, o plano é discutido com a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma). "O que queremos em quatro anos é sair de dois para 38 ecopontos. Agora, os planejamentos envolvem entender quais os recursos necessários, quais os critérios mínimos e tudo o que diz respeito à instalação desses ecopontos na capital", acrescentou.

Professora da Universidade Federal de Goiás (UFG) e coordenadora do Programa UFG Nuclisolos Agroambiental, que desenvolve pesquisas sobre reaproveitamento de resíduos urbanos e agroindustriais, Eliana Paula Fernandes Brasil explicou, em entrevista ao AR, que a implementação de ecopontos possibilita o descarte correto de resíduos através do processo de coleta seletiva do lixo. "A sociedade em geral tem dificuldade para gerenciar, destinar e realocar os resíduos sólidos gerados e, na sua grande maioria, realizam o descarte no lixo comum", disse.

Conforme a pesquisadora, o Brasil figura como um dos países que mais geram e acumulam resíduos sólidos urbanos, chamados de RSU. O problema disso, prosseguiu Eliana, é que - sem a adoção do uso de tecnologias reversas - grande quantidade do lixo produzido é despejada a céu aberto, lançada na rede pública de esgoto ou até mesmo queimada, "o que promove danos ambientais e de saúde pública". "Ao longo dos anos, a disposição irregular de RSU tem causado a contaminação de solos, cursos d'água e lençóis freáticos, e também doenças como dengue, leishmaniose, leptospirose e esquistossomose."

Atualmente, a capital conta com quatro ecopontos já instalados. As unidades são: Campos Dourados (Rua Arcati, Qd APM 8, esq. com a Rua São João Del Rei – Residencial Campos Dourados); Faiçalville (Avenida Nadra Bufaiçal, esq. com a Avenida Madrid – Setor Faiçalville); Guanabara (Rua GB5 esq. com a rua GB6 – Jardim Guanabara II); e Jardim São José (Rua Frei Nazareno Confaloni, esq. com a Rua Irmã Maria Bernarda – Jardim São José).

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