Jales Naves
Especial para o jornal A Redação
Goiânia - Importante instrumento de divulgação da produção intelectual dos sócios ou parceiros da instituição, a “Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás”, com 20 textos produzidos por escritores, pesquisadores e profissionais de diversas áreas dedicados às pesquisas histórica, geográfica e literária produzidas em Goiás, já está com sua 35ª edição, referente a 2024, circulando e na hemeroteca do IHGG. Com a iniciativa, o IHGG demonstra – como ressaltaram os seus editores – o compromisso da sua gestão com a divulgação e a democratização dos conhecimentos que interpretam a formação social, econômica e política de Goiás.
Foram publicados dois importantes documentos: o discurso de recepção ao novo sócio correspondente brasileiro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, historiador Jales Guedes Coelho Mendonça, no dia 15 de janeiro deste ano, na sede do IHGB no Rio de Janeiro, do acadêmico Arno Wehling; e do empossando. Jales Mendonça ainda publicou três textos escritos para prefaciar os livros “Seminário Santa Cruz: berço da cultura goiana”, de Ronaldo Silva; “O velho cacique”, do escritor Luiz Alberto de Queiroz; e “Notáveis vilaboenses”, de Antônio Celso Ramos Jubé. Ainda, registrou o resumo das ações do IHGG entre maio de 2021 e dezembro de 2024, síntese do trabalho engajado e comprometido realizado no período. A edição tem 324 páginas
Trabalhos
A edição nº 35 publicou os textos “O Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG) e um de seus fundadores, o professor Alcide Celso Ramos Jubé”, de Antônio Celso Ramos Jubé, contribuição à história da instituição de um de seus sócios fundadores, professor Alcide Celso Ramos Jubé; e “Resguardando o passado para manutenção do presente e sobrevivência do futuro”, de Getúlio Targino Lima, seu discurso de posse no IHGG e agradecimento em nome de outros empossados no Instituto em 2008. A historiadora e sócia emérita Nancy Ribeiro de Araújo e Silva, apresentou dois textos: “Lena Castello Branco: educação, cultura e história”, biográfico e de homenagem ‘post mortem’ à historiadora, professora, pesquisadora e também sócia do IHGG; e “Ana Braga: ‘um hino ao trabalho’”, que evidencia a trajetória da historiadora e política e sua relevante contribuição à fundação da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás (AFLAG). O padre Murah Rannier Peixoto Vaz escreveu o texto “A cruz: do Anhanguera ou dos bandeirantes?”, no qual apresenta resultados de pesquisa documental e as distintas versões sobre a cruz, contribuindo com o estudo da história da formação de Goiás.
O texto “De José a Eugênio: trajetória genealógica da tríade “Rodrigues Jardim” em Goiás”, de Victor Aguiar Jardim de Amorim, colabora com as pesquisas genealógicas realizadas em Goiás e fortalece os estudos publicados na revista do IHGG. “Parque Botafogo, a beleza que encerra a Av. Araguaia”, da doutora em Arquitetura e Urbanismo Jacira Rosa Pires, contribui com a pesquisa focada em elementos da paisagem urbana de Goiânia. O pesquisador Altair Sales Barbosa teve publicados dois textos: “Anthropo + Logos – a diferença que a diferença faz”, no qual o autor demonstra seu exímio saber em campos como o da Antropologia, e, em parceria com Emiliano Lobo de Godoi, aborda o tema das mudanças climáticas, com o texto “Mudanças climáticas não são de hoje”. “Dimensões socioculturais da comida e do comer – do estômago aos impérios”, escrito pelos pesquisadores Eguimar Felício Chaveiro, Benjamim Pereira Vilela e Ângelo Silva Cavalcante, apresenta importantes resultados de pesquisas fundamentadas na abordagem territorial da alimentação.
A obra do escritor Bernardo Élis, por sua vez, é objeto das pesquisas apresentadas pelos sócios do IHGG e do Instituto Cultural e Educacional Bernardo Élis Para os Povos do Cerrado Ricardo Assis Gonçalves e Nilson Jaime. Ricardo, no texto “Os camponeses na literatura regionalista universalista de Bernardo Élis”, explicita a relação entre a obra do escritor regionalista e a questão agrária em Goiás; já o escritor Nilson Jaime, no trabalho “O cronista e historiador Bernardo Élis: arquétipo de um cidadão geral que adotou a erma Goiânia”, colabora de maneira abrangente e fundamentada com as pesquisas sobre a obra do autor goiano como fonte de interpretação de Goiás e, particularmente, sobre a fundação e a construção de Goiânia, ocorrida na primeira metade do século XX. Em “Humberto Crispim Borges – importante escritor goiano”, o escritor e sócio do IHGG, Geraldo Coelho Vaz, apresenta a contribuição da obra desse autor à literatura produzida em Goiás. O escritor Pedro Nolasco de Araújo discorre sobre antecedentes cronológicos do comício presidencial de Jataí, 4 de abril de 1955.