A Redação
Goiânia - O Museu Zoroastro Artiaga deve iniciar um grande projeto de restauração nos próximos dias. A iniciativa, financiada pelo Governo de Goiás e apoiada pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), tem orçamento de R$ 6,6 milhões e aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O trabalho inclui transferência, limpeza, catalogação e documentação das condições do acervo do museu.
O projeto faz parte de um plano mais amplo de preservação da Praça Cívica, área que já passou por reformas do Centro Cultural Marietta Telles, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e do Palácio das Esmeraldas. A secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes, descreveu a iniciativa como um esforço significativo dentro da agenda cultural da administração.
A restauração, projetada pela Superintendência do Patrimônio Histórico e Artístico da Secult, terá como objetivo recuperar as características originais do edifício e atualizar seus componentes estruturais e funcionais. O projeto também inclui uma nova proposta museográfica para reimaginar o uso dos espaços do museu. Melhorias de acessibilidade e medidas de segurança complementarão as intervenções arquitetônicas e museológicas.
Desinfecção e higienização usando uma atmosfera anóxica estão planejadas para preparar a coleção para futuras exposições a cargo do restaurador alemão radicado no Brasil Stephan Schäfer. A coleção do museu inclui peças arqueológicas, mineralógicas, etnológicas indígenas, arte sacra e arte popular que documentam a história de Goiás e Goiânia desde sua criação até hoje.
Zoroastro Artiaga
O museu, localizado no centro de Goiânia, foi construído originalmente entre 1942 e 1943 como sede do Departamento de Imprensa e Propaganda. Foi transformado em museu em 1946 e recebeu o nome de Zoroastro Artiaga, seu primeiro diretor. É reconhecido como um importante marco cultural e histórico, tombado como Patrimônio Histórico e Arquitetônico do Estado em 1998 e pelo Iphan em 2004.