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Literatura

Entrevista: Idelmar Paiva conta detalhes sobre seu livro "Boa Morte"

Lançamento será neste sábado (17/8) | 13.08.24 - 16:58 Entrevista: Idelmar Paiva conta detalhes sobre seu livro "Boa Morte" escritor idelmar paiva (FOTO: DIVULGAÇÃO)

A Redação

Goiânia -
O escritor Ildemar Paiva realiza neste sábado (17/8), o lançamento de seu novo livro "Boa Morte". O evento será realizado Museu Casa de Cora Coralina, na cidade de Goiás, a partir das 18h30. No clima do lançamento do trabalho, Ildemar Paiva concedeu entrevista à historiadora 
Salma Saddi, contando detalhes sobre a obra, publicada pela Elysium Sociedade Cultural.
 

(Foto: Divulgação)

Pode nos dar uma breve sinopse da história ou do conteúdo do livro?
Boa Morte é um livro voltado para levar emoção aos leitores. Procura associar a história de Goiás com uma trama dinâmica, levando o leitor a esperar o desfecho da narrativa. Aborda principalmente os mistérios que envolvem a extração, o preparo e a remessa do outro goiano em direção a Portugal.

Em certo momento, procuro alterar os planos narrativos, ligando-os uns aos outros, ao longo do livro. Mas o ponto central de tudo é o subsolo da Igreja da Boa Morte.
 
Quem são os personagens principais ou quais são os temas centrais do livro?
Os principais personagens se conhecem ainda jovens. MX, o filho de um bancário que deixa os jogos de videogame para se aprofundar nas origens da cidade de Goiás. Por outro lado, Divino Ehring (Divinão), filho de imigrantes alemães que se estabeleceram na Colônia do Uvá.
 
Qual foi a parte desafiadora do processo de escrita do livro?
Acho que o mais trabalhoso foi reunir informações históricas, para que a trama pudesse se desenvolver com credibilidade. Além disso, tive que despender certo esforço para ligar planos narrativos diferentes.

Há alguma mensagem ou lição que você espera que os leitores tirem da sua obra?
A obra é voltada para o entretenimento do leitor, ao despertar emoções, oferecendo conteúdo histórico. Chamo a atenção de como a cobiça pelo ouro interfere na vida das pessoas.

Como foi o seu processo de escrita? Você seguiu uma rotina específica?
A escrita foi surgindo devagar. É mais trabalhoso imaginar e construir o enredo do que escrever mesmo. Li e reli diversas vezes o texto e deixei-o “ficar em repouso”, para então levar ao conhecimento de algumas pessoas, entre elas o meu filho Djalma, que emitiu suas opiniões.
 
Houve alguma pesquisa envolvida na criação deste livro? Se sim, como foi essa experiência?
Sim. Me servi bastante dos textos do memorável professor Paulo Bertran. Também estudei trabalhos acadêmicos sobre a Colônia do Uvá, no município de Goiás. Até um pequeno texto de Octo Marques sobre tesouros escondidos nas cercanias da antiga capital. Pesquisei um pouco também sobre uma família que se estabeleceu em Corumbaíba, cidade do sul goiano.

Você encontrou algum bloqueio criativo durante a escrita? Como superou isso?
A construção da trama deu certo trabalho, mas não senti bloqueio criativo. À medida em que eu imaginava os acontecimentos, ia escrevendo naturalmente.
 
Quanto tempo levou desde a concepção da ideia até a conclusão do livro?
Levou aproximadamente 12 anos. Mas ficou um bom tempo “em repouso”, ocasião em que eu acabava por dar umas alterações.

Quais são suas maiores influências literárias?
Procuro ler de tudo. Desde os clássicos até me aprofundar na literatura brasileira. Sou assíduo leitor de Charles Dickens, Leon Tólstoi, Machado de Assis e até os regionalistas como Bernardo Élis e Carmo Bernardes.
 
O que você faz quando não está escrevendo? Quais são seus hobbies ou interesses?
Quando não estou trabalhando ou escrevendo, sou meio festeiro. Gosto de tocar violão, cantar e beber uns goles no Bar dos Artistas, na cidade de Goiás. Mas aprecio estar com meus familiares, acompanhar futebol e fazer uns rabiscos abstratos.

Pode nos contar um pouco sobre a trajetória como escritor?
Acho que todo escritor tem que ser antes um bom contador de estórias. Tenho facilidade nisso. Esse é meu quarto livro. O primeiro foi “Caminho Inverso”, um romance que também tem a ver com a nossa região. Daí veio “Água de Pedra”, com textos independentes entre si (crônicas e contos), mais voltado para a simplicidade e o humor. Em seguida “Cumari – Vagões de Memórias”, no qual conto a história de minha cidade natal: Cumari, no sudeste de Goiás. Agora veio o “Boa Morte”, que espero agradar a todos.
 
Como você está se sentindo com o lançamento do livro?
Na verdade, cada livro lançado é como um filho. Tenho dois filhos de carne e osso (Djalma e Nara), os quais admiro muito. Mas cada livro que vem a lume, me orgulha muito também. Fiz questão de lançar “Boa Morte” primeiramente na cidade de Goiás, pois os moradores saberão o que estou narrando.
 
Você tem planos para uma sequência ou outros projetos futuros?
Me aposentei como auditor fiscal e acabei me tornando advogado, o que me toma tempo de escrever coisas mais agradáveis. Mas tenho certeza de que outros projetos virão.

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