Jales Naves
Especial para o jornal A Redação
Goiânia - A Academia Goiana de Letras (AGL) declarou vaga a Cadeira nº 31, cuja patrona é a escritora Eurídice Natal e Silva, em virtude do falecimento de sua ocupante, a acadêmica Ana Braga. O edital de preenchimento de vaga, assinado pelo presidente José Ubirajara Galli Vieira, pode ser acessado aqui, abrindo o prazo de 20 dias, a partir de amanhã, dia 8, e até o dia 28, para os interessados.
Para se inscrever o candidato deverá pagar taxa de meio salário-mínimo no ato de sua inscrição (Art. 8º, alínea “B”, do Regimento Interno da AGL) e apresentar requerimento ao Presidente da Academia solicitando deferimento de sua candidatura (Art. 9º, alíneas “A” até “C” do Regimento Interno), juntando provas de nacionalidade brasileira e residência do candidato no Estado de Goiás, no mínimo, há cinco anos; um exemplar de cada livro publicado, de reconhecido mérito literário; e currículo de sua atividade literária.
A inscrição será efetivada mediante entrega dos documentos e pagamento da taxa pelo próprio candidato, sob protocolo, na sede da Academia Goiana de Letras, na rua 20 nº 175 – Centro, no período das 9h às 11h, de segunda a sexta-feira.
Eurídice
A acadêmica Eurídice Natal e Silva é natural da cidade de Goiás, GO, nascida em 23 de novembro de 1883 e falecida em Goiânia, em 31 de agosto de 1970. Fundou em 1904, na antiga capital, a Academia de Letras de Goiás, antecessora da AGL e da qual foi a primeira Presidente.
Uma das fundadoras da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás, foi empossada na Cadeira nº 11 em 22 de fevereiro de 1970, antes das demais acadêmicas, devido ao agravamento de seu estado de saúde. Seu currículo e trabalhos estão no “Anuário 1970”. Obras publicadas: “Guimarães Natal, biografia”; e “Notas de viagem ao Araguaia”, onde está inserido o conto ‘Ecide’, com fragmentos de sua vida.
Ana Braga
Natural de Peixe, TO, nascida em 29 de novembro de 1923 e falecida em Goiânia, em 20 de junho deste ano, a acadêmica Ana Braga era Bacharel em Geografia e História, com Licenciatura pela Faculdade de Filosofia da Universidade Católica de Goiás, e Direito pela Universidade Federal de Goiás. Professora, historiadora, advogada, vereadora, deputada estadual e procuradora do Estado aposentada, fez vários cursos de especialização em Direito e Filosofia.
Atuante, tem poemas, crônicas, ensaios e discursos publicados em jornais e revistas de Goiás e do Tocantins. Foi Diretora do Departamento Estadual de Cultura de Goiânia, em 1973; vereadora por Goiânia, na primeira Legislatura; deputada estadual por Goiás; Secretária de Serviços Sociais, em Goiás; membro do Conselho Estadual de Cultura do Estado do Tocantins e fundou, naquele Estado, a Academia Tocantinense de Letras, em 1991.
Uma das fundadoras da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás, pertenceu à Academia Trindadense de Letras, Ciências e Artes, ao Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, à União Brasileira de Escritores, Seção de Goiás, e à Associação Goiana de Imprensa. Seu nome é citado em enciclopédias, antologias e dicionários biobibliográficos goianos e nacionais, tendo recebido medalhas, diplomas e troféus de reconhecimento na área lítero-cultural.
Obras publicadas: “A Comunicação no médio norte goiano”; “Nossa Senhora de Natividade, padroeira do Tocantins”; “Dom Alano Maria Du Noday, apóstolo do Tocantins”; “Minhas lembranças na expansão da cultura tocantinense”; “Nelly Alves de Almeida, escritora e amiga”; “Comentários à obra literária de Juarez Moreira Filho”; e “Retalhos”. Escreveu, ainda, vários ensaios, conferências, pesquisas e discursos.