Entre os mais influentes da web em Goiás pelo 12º ano seguido. Confira nossos prêmios.

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351

Sobre o Colunista

Pablo Kossa
Pablo Kossa

Jornalista, produtor cultural e mestre em Comunicação pela UFG / pablokossa@bol.com.br

O Blog

E lá se foi outro ano que passou rápido demais

O tempo passa rápido enquanto trabalhamos | 26.12.11 - 11:25

Estou ficando angustiado ao abrir sites e ver as retrospectivas de tudo que rolou em 2011. Quando me atento aos fatos listados, tenho certeza de que esse ano voou. Passou tão rápido que nem deu tempo ainda de processar tudo que aconteceu e os fatos foram se acavalando uns sobre os outros. Parece que uma notícia do primeiro semestre ocorreu no século passado, tamanha carga de informações a que estamos submetidos.

A verdade é que sempre acontece o mesmo tanto de coisas todos os anos. A diferença é que com a potencialização dos meios de comunicação, ficamos sabendo de mais fatos. E isso dá a impressão de que mais novidades rolaram, quando a real é que você ficou sabendo de mais coisas. E, em uma perspectiva pessoal e limitada, só existe aquilo que você tem conhecimento. O que você não sabe, não existe. Ao menos para você. Por isso parece que o ano passou rápido.

Aliada a essa sobrecarga de informações, temos a correria louca de trabalho que encaramos para pagar o pão nosso de cada dia. Todos arrumamos um trabalhinho extra noturno, um bico qualquer no final de semana, passamos umas horinhas a mais no escritório pelas exigências da vida contemporânea. Nem ostentamos um workaholic pride, mas o fato é que temos que trabalhar mais horas para manter o mesmo padrão de vida que nossos pais ou avós mantinham com um emprego que se encerrava religiosamente às 18 horas. Welcome to the cruel world, como sabiamente nos alertou Ben Harper.

E quando chegamos ao final do ano e somos praticamente compelidos a fazer balanços de tudo que passou, percebemos o quanto a vida escorre por entre os dedos. O tempo voa e cada segundo perdido será mais um segundo perdido. Sem volta, sem nada a fazer. A não ser a sensação de impotência e o arrependimento de não ter aproveitado a contento essa oportunidade única. E cada vez mais percebo que a solução é a prática do hedonismo moderado.

A cultura cristã nos ensina a ser estóicos, pois o melhor da história vem depois. Logo, a perspectiva hedonista foi  duramente combatida e estereotipada. É compreensível dentro da lógica cristã. Contudo, vamos supor que não exista nada depois. Morreu, acabou. Ponto final. Sem vida eterna, sem reencarnação, sem paraíso, sem ressurreição. O segundo perdido aqui na Terra cresce de importância. E por isso desperdiçá-lo pode ser um baita equívoco.

Enquanto a gente fica trabalhando demais, o ano passa rápido demais. As notícias ficam acontecendo demais e, concomitante a tudo isso, a gente vive menos. Está aí um ponto para tentarmos mudar em nosso comportamento para 2012.

 


Comentários

Clique aqui para comentar
Nome: E-mail: Mensagem:

Sobre o Colunista

Pablo Kossa
Pablo Kossa

Jornalista, produtor cultural e mestre em Comunicação pela UFG / pablokossa@bol.com.br

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351