Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
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Carolina Pessoni
Goiânia - A Superintendência de Identificação Humana (SIH), órgão essencial para a segurança pública de Goiás, tem liderado uma verdadeira revolução tecnológica no campo da identificação de pessoas nos últimos anos.
A trajetória da SIH é marcada por transformações ao longo de mais de um século. O registro de identidade começou em 1919, conforme o livro mais antigo de registro civil, na antiga capital do Estado, a cidade de Goiás. O primeiro documento de identidade foi emitido para o senhor Jamir Sírio.
Em 1930, o serviço de identificação foi transferido para o setor Campinas, durante a construção de Goiânia, e, em 1933, mudou-se para a nova capital, para a Rua 2, antiga Chefatura de Polícia. Inicialmente, apenas duas carteiras de identidade eram expedidas por dia, sendo a maioria para estrangeiros de origem árabe. Os brasileiros utilizavam certidões de reservistas ou títulos de eleitor para obter seus documentos.
Na área de identificação criminal, o primeiro registro ocorreu em 25 de agosto de 1931. O órgão passou por mudanças estruturais em 1953 e 1955, quando foi renomeado para Serviço de Identificação e Perícias e Serviço de Medicina Legal. As suas atribuições foram ampliadas, incluindo a realização de exames periciais para investigações de órgãos da Secretaria, além de solicitações do Judiciário e outras autoridades.
Livro de registro civil mostra a expedição de uma carteira de identidade em 1938 (Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
Ao longo das décadas, o Instituto de Identificação passou por várias reorganizações, ampliando suas atribuições e incorporando novas áreas, como medicina legal e perícias. A criação das Circunscrições Regionais de Técnica Policial, nas décadas de 1970 e 1980, possibilitou a descentralização dos serviços, proporcionando um atendimento mais eficiente à população.
Foram inúmeras mudanças e alterações no nome da instituição ao longo dos diferentes governos. As mais significativas ocorreram em 2013, quando a Gerência de Identificação deixou de ser subordinada à Superintendência de Polícia Técnico-Científica e foi transferida para a Diretoria Geral de Polícia Civil. Em 2023, a instituição foi finalmente elevada à categoria de Superintendência.
O delegado Webert Leonardo Lopes da Silva Santos, superintendente da SIH, destaca a relevância histórica do órgão na segurança pública do estado. "Nunca saímos do Centro de Goiânia. Desde 1970, o órgão funciona neste endereço, na Rua 66", afirma o delegado, com um olhar nostálgico para o passado e um semblante esperançoso para o futuro.
Ao longo dos anos, a instituição se adaptou às mudanças tecnológicas e às novas demandas da sociedade. Atualmente, a SIH é responsável por uma ampla gama de atividades, que vai desde a emissão de carteiras de identidade até a identificação de vítimas de crimes violentos.
Arquivos diversos guardam os registros da SIH no Centro de Goiânia (Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
Uma das áreas de maior destaque da Superintendência de Identificação Humana (SIH) é a identificação necropapiloscópica, utilizada para identificar vítimas de crimes violentos por meio das impressões digitais. "Em 95% dos casos conseguimos identificar a pessoa", afirma o chefe da superintendência, destacando a eficácia dessa técnica.
A equipe de papiloscopistas da SIH é altamente especializada e utiliza as ferramentas mais modernas para realizar seus trabalhos. "Temos a capacidade de investigar a autoria de cada crime", explica o delegado. A coleta de fragmentos papilares em locais de crime, a análise de imagens e o uso de softwares de reconhecimento facial são algumas das técnicas avançadas empregadas pelos profissionais da SIH.
A instituição tem investido fortemente em tecnologia e na capacitação de seus profissionais. "Trabalhamos em duas frentes: valor humano e tecnologia", afirma Webert. A SIH utiliza softwares com um banco de dados abrangente, contendo informações de todos os cidadãos identificados, além de um sistema de reconhecimento facial desenvolvido por um papiloscopista da própria instituição.
Para 2025, está prevista a aquisição de um novo software de identificação, mais moderno e sofisticado. "Goiás dará um salto de qualidade na identificação biométrica, utilizando tecnologias semelhantes às empregadas pela Polícia Federal e por países desenvolvidos. Estamos semeando o terreno para colher os frutos desse progresso tecnológico", afirma o delegado.
Artistas forenses utilizam softwares para identificar suspeitos a partir de um retrato falado (Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
Os resultados do trabalho da SIH são expressivos. O órgão tem trabalhado fortemente com as delegacias especializadas na investigação e identificação de autores de crimes, que vão desde furtos, roubos, até crimes brutais. “Tivemos um caso de um estupro em Itumbiara que foi muito emblemático para nós. Com a coleta dos materiais no local do crime, nossos profissionais foram ligando os pontos e em cerca de quatro dias conseguimos identificar o autor quando a polícia não tinha ainda sequer um suspeito”, orgulha-se Webert.
Com a presença da SIH nas 20 regionais de segurança de todo o estado somada à disseminação e descentralização do conhecimento, qualquer profissional ligado à superintendência está apto operar as mais diversas ferramentas disponíveis. “Temos uma preocupação de que não haja fila para produção de laudos. Então, não existe mais a ideia de ter que priorizar casos de repercussão. Conseguimos dar a mesma atenção para todos os tipos de crimes, porque temos mais tempo e eficiência para trabalhar”, ressalta.
O superintendente da SIH tem grandes planos para o futuro do órgão. A instituição busca se tornar referência nacional em identificação biométrica, expandindo seus serviços e oferecendo soluções inovadoras para a segurança pública.
Com a implementação do novo RG digital, já está em um importante passo rumo à modernização e à eficiência. Além disso, a instituição pretende expandir seus serviços para outros setores, como a instituição de parcerias com as secretarias de Educação e Saúde, utilizando a biometria para garantir a segurança e a autenticidade das informações.
Tecnologia é aliada da SIH na identificação de pessoas (Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
Para acompanhar essa evolução, a previsão é que a SIH transfira parte de seus serviços para um novo bloco no complexo de delegacias especializadas, que contará com um prédio exclusivo para a identificação. “Não vamos abandonar o prédio do centro, mas pensamos na melhor forma de aproveitá-lo”, afirma o delegado.
Para o superintendente, a SIH é um exemplo de como a tecnologia e a expertise humana podem trabalhar juntas para garantir a segurança da população. “No que se refere a processo de democratização e cidadania para que as pessoas possam se identificar de uma forma digna e mais confortável, é o que estamos fazendo hoje, que é propiciar isso aos cidadãos. No campo das investigações, nosso objetivo é fazer com que elas sejam mais amparadas por recursos científicos e tecnológicos. Estamos trabalhando para devolver excelência à sociedade”, finaliza.