Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Foto: Rodrigo Obeid/A Redação
Carolina Pessoni
Goiânia - Em meio à algazarra dos animais e o burburinho dos visitantes do Zoológico de Goiânia, um espaço silencioso guarda memórias de tempos passados. Inaugurado em 1956, junto com o próprio Zoológico, o Museu de Zoologia Professor José Hidasi abriga cerca de 280 animais taxidermizados, um acervo que inclui desde primatas e serpentes até mamíferos e anfíbios.
"O museu é basicamente para conservar e temos muitas peças para estudo. O espaço é muito utilizado para trabalhos de educação ambiental com visitas de escolas e outras instituições", explica João Pedro Meireles Lopes, supervisor administrativo do museu. Para ele, o espaço cumpre um papel fundamental na preservação da história e na conscientização sobre a fauna.
Fundado pelo professor José Hidasi, o acervo começou com peças taxidermizadas pelo próprio biólogo. "Ele trouxe alguns animais para iniciar a composição do museu, mas a maioria do acervo é formada por espécies que viviam no Zoológico de Goiânia e que faleceram por doenças ou velhice", conta Lopes.
Anteriormente, todo o processo de taxidermia era feito no próprio local, sob a supervisão de José Hidasi, que trouxe seus conhecimentos para a área. "Ele foi quem criou essa técnica e treinou outros profissionais", afirma o supervisor.
Jacaré-açu Jacinto fez parte do plantel do Zoológico e hoje compõe o acervo do museu (Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
Entre os animais mais famosos do acervo, destacam-se o jacaré-açu Jacinto (de 4,9 metros), o famoso leão da Marial (que foi criado como um animal de estimação em uma loja de materiais de construção na capital, nos anos 1980), Lucy (a mãe do urso Robinho), além de uma sucuri de cerca de 6 metros. "Uma curiosidade sobre o Jacinto, que foi um animal do Zoológico de Goiânia, é que pensavam que era uma fêmea. O nome era Jacinta e quando traziam macho para acasalar, ele matava. Somente quando ele morreu, descobriram que o exemplar era um macho e, então, trocaram o nome", revela Lopes.
Aberto ao público que frequenta o Zoológico, o museu recebe milhares de visitantes todos os meses. "Em julho, que é nosso mês de maior movimento, são cerca de 5 mil pessoas por dia. O museu fica bem perto da entrada do parque, então muita gente prefere fazer a visita assim que entra", diz Lopes.
De acordo com João Pedro, entre os animais preferidos do público estão o jacaré Jacinto e o leão da Marial. "O Jacinto faz parte da história do Zoo, então as pessoas gostam de vê-lo. E o leão tem toda essa história envolvida e a ossada dele bem na entrada do museu, é bem interessante."
Ossada do famoso "leão da Marial" está exposta na entrada do museu (Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
Apesar de os primeiros animais taxidermizados não contarem com muita tecnologia, o museu continua a receber novos espécimes. "Hoje, quando os animais morrem, guardamos a pele e os ossos e enviamos para alguns parceiros fazerem o trabalho de taxidermia, como as universidades. Algumas espécies ficam na própria faculdade, como objeto de estudo, outras voltam para o zoo e colocamos em exposição no museu", explica o supervisor. O último animal a ser taxidermizado foi um babuíno.
Com cerca de 280 animais em seu acervo, o museu busca reproduzir o ambiente natural dos animais, utilizando a vegetação dos parques de Goiânia. "É um museu histórico, temos que mantê-lo aberto. É muito importante para conhecer essas espécies. Temos expostos muitos animais que não fazem parte da nossa fauna, então para veterinários, biólogos, ou qualquer pessoa gosta de animal ama conhecer essa conservação", finaliza Lopes.
Quem foi José Hidasi
José Hidasi foi um naturalista húngaro, ornitólogo, taxidermista e museólogo que desempenhou um papel fundamental na preservação da fauna brasileira, especialmente em Goiás. Nascido em 1926, ele lutou na Segunda Guerra Mundial e depois se formou em Ciências Naturais na França.
Professor José Hidasi (Foto: Divulgação)
Hidasi chegou ao Brasil em 1950 e, dois anos depois, mudou-se para Goiás, onde trabalhou na catalogação de animais na Amazônia. Em 1954, ele se estabeleceu em Goiânia e fundou o Museu de Ornitologia da cidade, além de contribuir para a criação do zoológico local e de outros museus importantes, como o Museu de Zoologia do Memorial do Cerrado da PUC-GO e o Museu de Zoologia José Hidasi da Unitins.
O professor foi um pioneiro no ensino de educação ambiental em Goiás e deixou um legado inestimável para a ciência e a preservação da natureza no Brasil. Ele faleceu em 19 de julho de 2021, aos 95 anos, em Goiânia.