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10 lugares do Centro para conhecer mais sobre a história de Goiânia

Capital completa 91 anos nesta quinta (24/10) | 24.10.24 - 09:00 10 lugares do Centro para conhecer mais sobre a história de Goiânia Vista aérea da região da Praça Cívica, em Goiânia (Foto: Rodrigo Obeid/jornal A Redação)
Carolina Pessoni
 
GoiâniaEm meio aos modernos edifícios e avenidas que marcam a paisagem de Goiânia, a história da cidade pulsa em cada canto. Construída sob um planejamento urbanístico inovador para a época, a capital goiana guarda em seus monumentos, museus e construções antigas um acervo riquíssimo de memórias. 
 
Neste 24 de outubro em que Goiânia chega a seus 91 anos, convidamos você a embarcar em uma jornada pelo tempo e descobrir 10 locais que revelam a alma da nossa cidade. Prepare-se para se encantar com a história de Goiânia.
 
 
1. Praça Cívica
A Praça Cívica Doutor Pedro Ludovico Teixeira, considerada o marco inicial da construção da capital goiana, foi inaugurada em 1933. O projeto do espaço é atribuído ao urbanista Attilio Corrêa Lima, responsável também pela concepção da nova cidade.
 
 

Praça Cívica (Foto: Divulgação)
 
Destinada a ser o centro administrativo de Goiânia, a Praça Cívica abriga importantes edifícios do governo estadual, como o Palácio das Esmeraldas e o Palácio Pedro Ludovico Teixeira, além de instituições federais, como os Correios e o Tribunal Regional Eleitoral. O desenho radial do local permite uma integração funcional entre os diferentes órgãos, com a Praça servindo como eixo central. A localização elevada da Praça Cívica a separa do centro comercial, que se encontra em um nível inferior, criando uma clara divisão entre as áreas cívica e comercial da cidade.
 
Saiba mais: Praça Cívica: o marco da construção de Goiânia 
 
 
2. Palácio das Esmeraldas
Localizado no coração da Praça Cívica, o Palácio das Esmeraldas é a residência oficial do governador do estado de Goiás e o centro do governo estadual. Considerado o marco zero da construção de Goiânia, o prédio foi projetado por Attilio Corrêa Lima e erguido entre 1933 e 1937, sendo inaugurado oficialmente em 23 de março daquele ano.
 
 

Palácio das Esmeraldas (Foto: Arquivo/A Redação)
 
Reconhecido como um dos grandes monumentos do estilo art déco em Goiânia, o Palácio destaca-se por sua suntuosidade e beleza arquitetônica. Ele representa o ponto focal do Centro de Goiânia, na confluência exata das avenidas Araguaia, Goiás e Tocantins. Relatos históricos indicam que nenhum governador deixou de ocupar as dependências deste icônico edifício, que se tornou um símbolo da política goiana e da identidade da capital.
 
Saiba mais: Palácio das Esmeraldas: residência oficial do poder no coração de Goiânia
 
 
3. Casa nº 1
Localizada no número 175 da Rua 20, no Centro de Goiânia, a Casa nº 1 é o primeiro imóvel registrado em cartório na capital. Construído em 1935, o sobrado de estilo art déco foi erguido pelo Estado como parte do processo de urbanização da nova capital.
 
 

Casa nº 1 de Goiânia (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
 
Desde 1936, o imóvel abrigou a Diretoria-Geral da Fazenda, órgão que atualmente corresponde à Secretaria da Fazenda. Após a desocupação, a residência se tornou o lar do advogado e professor Colemar Natal e Silva e de sua família até a década de 1980. Nesse período, a casa foi cedida para se tornar a sede da Academia Goiana de Letras (AGL), que permanece em funcionamento no local até hoje.
 
Saiba mais: Casa nº 1 de Goiânia abriga sede da Academia Goiana de Letras
 
 
4. Grande Hotel
Antes mesmo da cerimônia de lançamento da pedra fundamental de Goiânia, realizada em 24 de outubro de 1933, o governador Pedro Ludovico Teixeira definiu a construção de vários prédios prioritários, incluindo o Palácio do Governo, a prefeitura e um hotel. Entre os oito edifícios e as 20 casas destinadas a funcionários, destacava-se o Grande Hotel, que contava com 60 quartos, conforme estipulado pelo Decreto nº 3.547, de 6 de julho de 1933.
 
 

Grande Hotel (Foto: Rodrigo Obeid/A Redação)
 
A localização do hotel foi escolhida estrategicamente para o desenvolvimento da cidade, oferecendo fácil acesso à Praça Cívica e à Estação Ferroviária. Com projeto original de Attilio Corrêa Lima, o hotel foi inspirado pelo estilo art déco, em um contraste marcante com a arquitetura colonial da antiga capital, a cidade de Goiás.
 
Saiba mais: Grande Hotel guarda curiosidades e memórias da construção de Goiânia

 
5. Grupo Escolar Modelo
O edifício em estilo art déco, localizado na esquina das ruas 3 e 23, abriga atualmente o Conselho Estadual de Educação (CEE) e foi originalmente construído como a primeira escola da nova capital. Destinada aos filhos dos operários que trabalhavam na construção de Goiânia, a instituição foi transferida da cidade de Goiás para Goiânia em 1937.
 
 

Conselho Estadual de Educação (CEE) (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
 
O Grupo Escolar Modelo, com suas atividades iniciadas em 1938, foi dirigido pela professora Emília Perillo Argenta, sendo o primeiro colégio a atender crianças e jovens da área central da cidade.
 
Saiba mais: Prédio do Conselho Estadual de Educação é marco do ensino em Goiânia
 
 
6. Centro Cultural Marieta Telles
Situado na Praça Cívica, o Centro Cultural Marieta Telles é um dos edifícios mais emblemáticos do centro de Goiânia. Com um projeto arquitetônico em art déco, sua construção teve início em 1935 e foi concluída em 1937.
 
 

Centro Cultural Marieta Telles (Foto: Secult Goiás)
 
Inicialmente, o prédio abrigou a Secretaria Geral do Estado, que incorporou órgãos administrativos da antiga capital. Com o tempo, passou a ser sede do Fórum e da Secretaria da Fazenda, além de abrigar o escritório técnico das obras de construção da cidade. Atualmente, abriga diversas unidades e setores da Secretaria de Estado da Cultura (Secult Goiás), incluindo o Museu da Imagem e do Som (MIS), a Biblioteca Estadual Pio Vargas, a Biblioteca Braille, a Gibiteca Jorge Braga e o Cine Cultura.
 
Saiba mais: Centro Cultural Marietta Telles: viagem pelos mais variados tipos de artes
 

7. Museu Pedro Ludovico
O Museu Pedro Ludovico é um marco na história arquitetônica de Goiânia, com sua construção em art déco realizada entre 1934 e 1937, sob a supervisão do arquiteto Attilio Corrêa Lima. Este local é de grande importância histórica, pois foi a residência do fundador da cidade, Pedro Ludovico Teixeira.
 
 

Museu Pedro Ludovico (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
 
Transformada em museu em 1987, sua criação oficial ocorreu em 25 de setembro de 1979, pouco mais de um mês após a morte de seu fundador. O espaço preserva relíquias significativas, como a primeira piscina residencial de Goiânia e um aparelho de televisão, que foi o primeiro modelo em cores do estado de Goiás.
 
Saiba mais: Museu Pedro Ludovico guarda história sobre fundador de Goiânia
 
 
8. Coreto da Praça Cívica
Inaugurado em 5 de outubro de 1942, o mesmo ano em que Goiânia recebeu seu batismo cultural, o Coreto da Praça Cívica se destaca como uma das mais significativas construções do centro histórico da capital. Este espaço é considerado um dos exemplos mais elaborados do patrimônio art déco goianiense, representando uma verdadeira obra-prima por meio de seu conjunto de elementos arquitetônicos.
 
 

Coreto da Praça Cívica (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
 
A história do Coreto se divide em três fases distintas. A primeira se inicia com sua inauguração, quando o espaço era palco de diversos eventos e apresentava características ecléticas, refletindo as tendências decorativas da época. A segunda fase, compreendida entre 1973 e 1978, foi marcada pela transformação do Coreto em sede do Centro de Atendimento ao Turista (CAT), durante a gestão do prefeito Manoel dos Reis. Em 1978, o monumento passou por uma reconstrução e recuperou sua função como equipamento urbano, continuando a embelezar a cidade.
 
Saiba mais: Coreto da Praça Cívica: palco da história da cultura goianiense
 
 
9. Teatro Goiânia
Reconhecido como o mais tradicional e nobre espaço cultural de Goiânia, o Teatro Goiânia foi inaugurado em 14 de junho de 1942 e integra o conjunto arquitetônico inicial da capital. Situado na confluência das avenidas Anhanguera e Tocantins, o teatro foi projetado pelo arquiteto Jorge Félix, em estilo art déco.
 
 

Teatro Goiânia (Foto: Letícia Goiânia/A Redação)
 
Originalmente denominado Cine-Teatro Goiânia, o espaço foi inaugurado pelo interventor federal Pedro Ludovico Teixeira. Na ocasião, a casa de espetáculos mais luxuosa da nova capital sediou a cerimônia do Batismo Cultural da Cidade, que contou com discursos significativos, a entrega da chave da cidade ao primeiro prefeito, Venerando de Freitas, e a presença de diversas autoridades e intelectuais, enriquecendo a programação cultural do evento.
 
Saiba mais: Teatro Goiânia: marca registrada da tradição e da cultura da capital
 
 
10. Monumento ao Bandeirante
Inaugurado em 9 de novembro de 1942, o monumento que homenageia o bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva está situado no cruzamento mais icônico da cidade, na interseção das avenidas Goiás e Anhanguera.
 
 

Monumento ao Bandeirante (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
 
A escultura, que se ergue em bronze e possui 3,5 metros de altura, foi concebida pelo escultor Armando Zago. Inicialmente instalada na Praça Atílio Correia Lima, o local ficou popularmente conhecido como a Praça do Bandeirante. Embora atualmente não mantenha mais a configuração de praça devido às adaptações realizadas na Avenida Anhanguera, a estátua foi tombada como patrimônio histórico pela Prefeitura de Goiânia em 1991, garantindo sua preservação e reconhecimento.
 
Saiba mais: Monumento ao Bandeirante: de bacamarte na mão, o Anhanguera vigia Goiânia
 

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