Goiás já ocupa uma posição de destaque no setor farmoquímico nacional, sendo o segundo maior polo produtor de medicamentos do Brasil. Atualmente, seis dos dez medicamentos mais vendidos no país são fabricados por indústrias localizadas no estado, o que reflete a robustez e a competitividade do setor. Nossa indústria movimenta bilhões de reais, gera milhares de empregos e abastece grande parte do mercado nacional com produtos de alta qualidade. No entanto, não estamos satisfeitos em sermos apenas protagonistas – almejamos a liderança.
O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC), tem trabalhado para consolidar o estado como o maior polo farmoquímico do Brasil. A estratégia para alcançar esse objetivo inclui investimentos em infraestrutura, incentivos fiscais, qualificação de mão de obra e parcerias internacionais. O eixo Anápolis–Goiânia–Aparecida de Goiânia já concentra 17 indústrias farmacêuticas, beneficiadas pela posição geográfica estratégica do estado, que, em um raio de 1.000 km, abrange mais de 70% do PIB nacional. Com uma malha rodoviária eficiente, um dos três maiores portos secos do país e a recente internacionalização do Aeroporto de Goiânia, Goiás se destaca como um hub logístico para a produção e exportação de medicamentos.
Nos últimos anos, os investimentos na indústria farmoquímica têm sido pujantes, fortalecendo as empresas já instaladas e atraindo novos empreendimentos. A segurança pública e jurídica, resultado do trabalho incansável do governador Ronaldo Caiado, e os estímulos tributários têm sido fatores essenciais para a expansão do setor. Estamos trabalhando ativamente para ampliar esses incentivos, criando um ambiente de negócios cada vez mais favorável e próspero.
Outro fator relevante é a busca contínua por parcerias no exterior, especialmente por meio de missões internacionais a destinos estratégicos, como a nossa missão à Índia. Atualmente, o país asiático é o principal fornecedor de insumos farmacêuticos para Goiás, com importações anuais que somam cerca de US$ 1,2 bilhão em medicamentos e matérias-primas. Nesse sentido, as missões promovidas pelo Governo têm como objetivo atrair investimentos globais e fomentar colaborações bilaterais, de modo a viabilizar a produção local desses insumos, reduzindo custos e aumentando a competitividade das indústrias goianas.
Outro pilar fundamental para consolidar Goiás como o maior polo farmoquímico do país é a capacitação da mão de obra. O setor já emprega cerca de 17 mil pessoas, direta e indiretamente, e esse número tende a crescer com a expansão da indústria. Para garantir que a oferta de profissionais qualificados acompanhe esse avanço, a SIC tem investido em parcerias entre governo, universidades públicas e empresas, com foco no desenvolvimento de cursos técnicos e programas de capacitação alinhados às necessidades do mercado. Dessa forma, garantimos que os empregos gerados sejam ocupados por profissionais altamente capacitados, conferindo à região um diferencial competitivo.
O futuro da indústria farmoquímica em Goiás é repleto de potencial. Com investimentos significativos, o estado está preparado para assumir a liderança nacional. Estamos trabalhando para não apenas liderar a produção de medicamentos no Brasil, mas também se tornar uma referência internacional em inovação e tecnologia farmoquímica. Com um ecossistema industrial fortalecido e políticas públicas direcionadas, estamos prontos para este novo capítulo da nossa história e confiantes de que Goiás será, em breve, o coração da indústria farmacêutica brasileira.
Joel de Sant’Anna Braga Filho é secretário estadual de Indústria, Comércio e Serviços.