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Francisco Lopes

O futuro de Goiânia passa pelo Instituto de Planejamento

| 29.11.24 - 16:20
 
A construção de uma cidade sustentável e preparada para os desafios do futuro requer mais do que soluções imediatistas. Um exemplo a ser observado é um estudo recentemente publicado sobre a cidade de São Paulo. Ele analisa, entre outras informações, dados como expectativa de vida, renda média e até o tempo médio gasto no trajeto residência-trabalho-residência. Esse tipo de diagnóstico deve ser instituído de forma permanente nas cidades que almejam um desenvolvimento de qualidade.
 
Goiânia enfrenta desafios urbanos crescentes que exigem estratégias de longo prazo. Nesse contexto, a criação de um Instituto de Planejamento específico para a capital se apresenta como uma oportunidade para transformar a gestão urbana, orientando o desenvolvimento da cidade com base em dados, pesquisas e informações econômicas.
 
Atualmente, a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (SEPLANH) desempenha um importante papel na administração da cidade, abrangendo desde questões de habitação até o uso e ocupação do solo. No entanto, a ausência de um órgão focado exclusivamente no planejamento estratégico compromete a capacidade de projetar Goiânia para além do curto prazo.
 
Essa estrutura atual não contempla ferramentas essenciais, como estudos estatísticos aprofundados, monitoramento de tendências urbanas e econômicas e a formulação de cenários futuros.
 
A criação de um Instituto de Planejamento para Goiânia não é apenas uma proposta ambiciosa, é uma necessidade. Com a população em constante crescimento e as demandas urbanas se diversificando, a cidade não pode mais depender apenas de soluções pontuais.
 
Essa iniciativa arrojada exige integração entre o poder público, o setor produtivo, as universidades e a sociedade civil, fomentando um ambiente colaborativo para a formulação de políticas públicas. Goiânia tem o potencial de se tornar um exemplo de modernidade e inovação no planejamento urbano, mas isso requer ações audaciosas e comprometimento político.
 
Um Instituto de Planejamento seria um passo estratégico para a capital, garantindo que cada decisão de hoje construa a Goiânia desejada para amanhã. Afinal, uma cidade planejada é uma cidade que respeita suas raízes enquanto planeja e projeta seu futuro.
 
Francisco Lopes é diretor Institucional da Associação dos Desenvolvedores Urbanos de Goiás (ADUGO).

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