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Ganhamos as eleições roubando a atenção do eleitor. O título do artigo foi criado pensando da mesma forma que uma estratégia de campanha eleitoral é criada, com objetivo de prender a atenção.
A cada campanha eleitoral que passa, percebemos o aumento do volume de informações a que o eleitor tem acesso, seja pela facilidade que os smartphones entregam, ou seja pela geração de conteúdo de todas as campanhas, que somam e batem à porta (ou tela) do eleitor.
Em 2024, tivemos um recorde de geração de conteúdo. Com a ampliação do alcance das redes sociais, vimos campanhas buscando até o último minuto manter o eleitor conectado com a suas propostas, mesmo sabendo que a decisão do voto poderia vir só na reta final.
A estratégia é simples: ocupar a atenção do eleitor a cada momento para não permitir a ocupação desse mesmo espaço por uma campanha opositora. Assim, com a necessidade de ocupar espaço, o foco muitas vezes é a quantidade do discurso, não sua qualidade. E isso não é um problema. Veja, as redes sociais são majoritariamente para entretenimento, não adianta tentar gerar conteúdo explicativo para um momento que o eleitor quer apenas se divertir. Esse ano foi o ano dos memes, dos atores de redes sociais e da demonstração de diversão nas campanhas. Vimos memes com alcance gigantesco orgânico e propostas importantes precisando de impulsionamento pago. O eleitor está exigente e quer que a campanha fale com ele, com a rotina dele e com o que ele acredita, não o contrário.
É o eleitor que precisa ser conquistado, ele que dita o ritmo da campanha.
Essa leitura da geração de conteúdo foi a base para a criação de todos os planejamentos de campanha em 2024 na Maxi. Ao final das apurações, vimos que as estratégias e planejamentos deram certo. Focamos na conexão com a realidade de cada município, com leituras em tempo real, digitalmente e das equipes de rua, sempre com pesquisa de monitoramento durante toda a campanha.
Esse ano tivemos a felicidade de atingir 85,71% de resultados positivos com 100% das metas alcançadas, isso porque a única campanha que não ganhou nas urnas, saiu vitoriosa por trazer para o cenário político da cidade um candidato desconhecido, que nunca havia enfrentado as urnas, para o segundo lugar desbancando um tradicional grupo político da cidade. Já as vitoriosas tiveram números bem favoráveis sendo a com maior percentual alcançando 83,43%, e o maior crescimento o de um candidato que chegou na agência com 4,6% e terminou com 80,78% (são 76,18 pontos percentuais de diferença dentro de uma mesma campanha!).
A estratégia de roubar a atenção do eleitor deu certo. A eleição de 2024 foi um desafio que dificilmente será igual em 2026, já que os hábitos da sociedade mudam rapidamente de ano a ano.
Matheus Mascarenhas é publicitário e diretor da Maxi Publicidade