Nos últimos tempos, os avanços da inteligência artificial, conhecida por IA, têm propiciado a melhoria de processos, negócios, inovação em diversas áreas e, até mesmo, no setor que concentra o conceito, falo do setor tecnológico ou digital. A educação não foge à regra, uma vez que é tida como atividade formadora de recursos humanos, atrai crescente interesse pelo uso da tecnologia, internet e da inteligência artificial no processo de ensino-aprendizagem, atualmente.
Os desafios da ensinança apresentam-se grandes. Vão desde a transmissão do saber aos estudantes até a junção com os preceitos da modernidade, no sentido de evitar a perda da essência nas relações ensinar e aprender e, professor-aluno. Nessas relações a afetividade e inteligência estão muito conectadas e são capazes de resultados desbravadores e disruptivos para ambas as partes.
O uso da tecnologia deve prover ações seguras e eficazes para o alcance do equilíbrio do projeto ou do plano educacional. Afora os desafios, de outro lado há vantagens que esses recursos podem apresentar para a educação de estudantes e professores, como o alinhamento da formação às realidades do mercado profissional. É impossível negar o vigor da IA no ensino-aprendizagem, porém, ainda é indispensável uma curadoria de informações e análise crítica de resultados que podem impactar a vida dos agentes e comunidades escolares.
É pela IA e todo o arcabouço da tecnologia que vemos estudantes se destacarem em campeonatos de games, olimpíadas de informática, torneios de robótica etc. Também é por meio dela que vários segmentos avançam em serviços à população mundial, como a medicina, supermercados, agências bancárias, aeroportos. E é neste espaço que também encontramos as startups. Nos bastidores de tudo isso, o sujeito principal – o ensino-aprendizagem, um sistema de trocas de informações entre docentes e alunos, que deve ser pautado na objetividade daquilo que há necessidade que o aluno aprenda.
Chegamos até aqui, pois o homem é dotado de capacidades e inteligências promotoras de progresso, de mudanças evolutivas e, portanto, inegáveis como o desenvolvimento da IA. Nessa jornada, o importante não é apenas criticar e esperar o pior de tanta evolução, uma vez que as vantagens podem ser vistas a olho nu, mas deve-se pensar com sabedoria sobre todas as criações e inovações, para usar bem todas elas.
Logicamente, isso não é tarefa fácil nem há como desistir. O homem está em constante evolução, e a educação insere-se nesta linha do tempo. Aqui, o uso da IA deve permitir uma adaptação aos pontos fortes de professores e estudantes para um ensino-aprendizagem satisfatório. Já convivemos com a IA, portanto, o caminho não chegou ao ponto final. Essa trilha é de aprimoramento, investimentos e reflexões para o mundo educacional, adotando a inteligência artificial de modo transversal em cursos técnicos, de qualificação, graduação, pesquisas, grupos de estudos, fomentando o estudante a ser capaz de entender o presente e preparar-se para o futuro.
*Pedro Henrique Gonçalves é gerente de Inovação e Tecnologia do CETT-UFG