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Elizabeth Abreu Caldeira Brito

Dia Nacional das Academias de Letras na AFLAG

| 30.06.24 - 12:21
Uma das sessões oficiais da nossa Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás é a celebração do Dia Nacional das Academias de Letras. Em seu estatuto: Art. 7º, Parágrafo 6º, consta: “Anualmente, no dia 21 de junho, Dia Nacional das Academias de Letras, haverá uma Sessão Especial reverenciando a memória de Machado de Assis ou de um outro nome expressivo para as letras e para as artes.”
 
Sendo assim, reverenciamos, neste dia 20, que antecipa a data oficial, mais que a memória e a hialidade de Machado de Assis. Vamos cultuar um nome expressivo para as letras em Goiás. Vale ressaltar que a homenagem é associada ao dia de nascimento de Machado de Assis, 21 de junho de 1835. Além da importância de sua participação na fundação da Academia Brasileira de Letras.
 
A reverência a essa data busca notabilizar e difundir os objetivos precípuos das Academias de Letras, dentre eles o de se empenharem na preservação e promoção da língua portuguesa, além da valorização da literatura e da cultura nacionais.
 
Cabe às academias engrandecer a língua pátria e viabilizar a promoção da educação, da cultura brasileira, da busca do conhecimento e da memória de seus partícipes atuais e de então.
 
Quando a AFLAG foi fundada em 11 de novembro de 1969, pelas três visionárias professoras e invisibilizadas escritoras: Rosarita Fleury, Ana Braga e Nelly Alves de Almeida, elas buscaram um lugar de fala para a criatividade, não só das literatas excluídas da Academia Goiana de Letras, mas para todas as manifestações artísticas oriundas do gênero feminino.
 
Fundada 30 anos antes da AFLAG, em 1939, a AGL não permitia a presença feminina em seu rol de acadêmicos. Assim, as empoderadas goianas imaginaram um espaço onde as vozes femininas pudessem habitar, expandir e se manifestar, no único lugar em que a liberdade não é uma utopia: nas artes.
 
Surgiu, então, a AFLAG. Nela há, assim como em outras irmãs congêneres, a representação da Literatura, da Música, das Artes Visuais, da Antropologia, da História, da Filosofia, da Dança e das Artes Cênicas, todas imbuídas na preservação da memória e na valorização do patrimônio histórico, artístico e cultural do Estado de Goiás. Essa é a Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás.
 
Como vimos, o nosso estatuto nos faculta a escolha de um nome expressivo para as letras. Escolhemos, então, o lirismo da acadêmica homenageada neste ano pela AFLAG, com a outorga do Ano Cultural Acadêmica Heloisa Helena de Campos Borges. Assim sendo, celebramos nesse sarau: o lirismo poético da querida Acadêmica e ex-presidente da AFLAG: Heloisa Helena de Campos Borges.
 
Heloisa Helena tomou posse na AFLAG no ano de 2000. Ocupa a Cadeira nº 30. É Licenciada em Letras Modernas, Francês e Mestra em Letras e Linguística, ambas pela Universidade Federal de Goiás. Realizou curso de aperfeiçoamento em francês para professores brasileiros, em Sèvres, na França. Realizou estágio de aperfeiçoamento na Universidade de Québec, no Canadá. Recebeu a Comenda Cavaleiro da Ordem das Palmas Acadêmicas, pela Aliança Francesa, de Goiânia.
 
Heloisa Helena é professora, tradutora, escritora – poetisa e crítica literária. Foi coordenadora da área de francês do curso de Letras Modernas – Francês da UFG. Foi Presidente do Comitê Administrativo da Aliança Francesa em Goiás. Ela pertence aos quadros da União Brasileira dos Escritores - Seção Goiás.
 
É autora de 7 livros:
 
4 de Poemas: Quinquilharia; Muitas Luas; Poemas Sortidos e Conversa.com verso.
 
2 livros de Ensaios críticos: Mais que simples palavras I e Mais que simples palavras II
 
e 1  livro de Crônicas:  As Fomes do Mundo.
 
O Dia Nacional das Academias de Letras não apenas celebra o passado glorioso da literatura brasileira, relembrando Machado de Assis, mas também olha para o futuro com esperança e entusiasmo, enfatizando, no aqui agora, a importância contínua de valorizarmos e apoiarmos as instituições, cuja função essencial é contribuir para  manter viva a palavra bem escrita e a chama da criatividade literária e artística, em nossa aldeia (parafraseando Leon Tóstoi) e em nosso país.
 
Elizabeth Abreu Caldeira Brito é mestre em Letras e Crítica Literária pela PUC Goiás, é presidente da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás

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