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Ivan Martins

Sabe o que é auriculoterapia?

| 21.05.22 - 10:25 A auriculoterapia constitui uma parte importante da Medicina Tradicional Chinesa, embora tenha sido criada pelo médico francês Paul Nogier. Ele é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) o pai da Auriculoterapia, reconhecimento também feito pelos chineses. No Brasil, os bons profissionais de terapia integrativa usam as duas escolas. Por aqui, não há dúvidas de que os excelentes resultados se deram pela aceitação das pessoas, justamente, por ser um método pouco invasivo. 

Ela estimula mecanicamente pontos específicos do pavilhão auricular escolhido através de uma anamnese cuidadosa para aliviar dores e tratar problemas físicos e psíquicos. Além disso, pode ajudar a diagnosticar doenças através da observação de alterações nestes pontos.

O pavilhão auricular é um micro sistema que pode refletir mudanças fisiopatológicas dos órgãos e vísceras, dos membros, tronco, dos tecidos e dos órgãos dos sentidos. Podemos verificar um estado patológico em qualquer parte do corpo humano quando através da palpação encontramos pontos auriculares sensíveis ao toque e então encontramos o que precisa ser tratado.

Pontos auriculares são zonas específicas distribuídas na superfície auricular que refletem fielmente a atividade funcional de todo o organismo. A maioria desses pontos tem a característica de tornarem-se reativos ante um processo patológico em sua zona correspondente no corpo. Todas as regiões e órgãos do corpo humano estão representados na orelha, como se a orelha fosse um feto em posição cefálica (de cabeça para baixo).

A orelha é um órgão extremamente inervado e vascularizado, chegando ou partindo dela nervos extremamente importantes como o trigêmeos, glossofaríngeo, facial, vago, entre outros. Isto pode explicar em parte a resposta rápida que temos ao tratar um paciente com alguma patologia.

Por atuar em diversas áreas do cérebro, teremos uma resposta ampla ao estímulo pela via neural, pelo hipotálamo, timo, sistema neurovegetativo e hipocampo. A atuação é rápida e efetiva não somente na questão da dor, mas também nos problemas emocionais. Os principais neurotransmissores liberados após a inserção das agulhas são as encefalinas, endorfinas, prostaglandinas, serotonina, histamina e dopamina.

Estes neurotransmissores exercem funções diversas em nosso corpo como, por exemplo, as encefalinas e endorfinas que diminuem a sensação de dor. A serotonina, que atua na diminuição da ansiedade e depressão e a dopamina que atua na parte cognitiva. Com isto temos uma resposta completa à queixa feita pelo paciente, seja ela relacionada à dor ou a algum problema emocional.

Trata-se de uma técnica rápida, efetiva e completa de resultados rápidos. É muito utilizada na Europa, principalmente na França, Alemanha, Itália, Inglaterra e Portugal como uma técnica de primeira escolha. No Brasil cada vez mais essa técnica está sendo difundida e utilizada por profissionais com formação em acupuntura e auriculoterapia.
 
*Ivan Martins é psicanalista especialista em Medicina Chinesa Tradicional e em Terapias Integrativas.

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