Os pulsos do homem estavam vedados por curativos (foto). A polícia informou que durante a manhã, Tiago Henrique tentou cometer suicídio na cela onde estava, na Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc).
Ele quebrou uma lâmpada do local, se cortou e precisou de atendimento do Corpo de Bombeiros.
Crimes e provas
O superintendente da Polícia Judiciária da SSP-GO, Deusny Aparecido Silva, explicou com detalhes cada passo da força-tarefa, iniciada no dia 5 de agosto. Durante o período de 70 dias, um total de 25 delegados, 95 agentes e 30 escrivães se envolveram no caso.
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“Nos reuníamos toda semana para apresentar resumo de ações, análise de semelhanças e diferenças. A prisão do suspeito não foi uma coincidência, foi fruto de um trabalho árduo de equipe”, pontuou.
Objetos como faca, algemas, roupas, capas, calçados, capacete e até motocicleta foram expostos no auditório da SSP-GO. Apreendido na casa de Tiago Henrique, no Conjunto Vera Cruz, o revólver calibre 38 também fez parte das provas apresentadas.
Objetos apreendidos pela polícia e que pertencem ao suspeito (Foto: Mônica Parreira/A Redação)
Após realizar confronto balístico dos projéteis encontrados nas cenas dos crimes, representantes da polícia técnico-científica confirmaram que a arma foi utilizada em seis dos 16 casos investigados na força-tarefa. As vítimas são: Isadora Aparecida C. dos Reis (1º de junho), Thamara da Coinceição Silva (15 de junho), Taynara Rodrigues da Cruz (16 de junho), Rosirene Gualberto da Silva (19 de julho), Juliana Neubia Dias (26 de julho) e Ana Lídia Gomes (2 de agosto).
(Imagem: Divulgação/Polícia Civil de Goiás)
Apesar do primeiro crime enquadrado na força-tarefa ter sido cometido no dia 18 de janeiro deste ano, com a morte de Bárbara Luiza Ribeiro Costa, Tiago Henrique teria afirmado, em depoimento, que fez outras vítimas. Segundo a polícia, a onda de assassinatos teria começado em 2011, quando o autor chegou a enterrar o corpo de um rapaz. Mesmo depois de vasculhar o local indicado pelo vigilante, os restos mortais não foram encontrados.
Acessórios, motocicleta e revólver são provas dos crimes (Foto: Mônica Parreira/A Redação)
(Imagem: Divulgação/Polícia Civil de Goiás)
A polícia agora trabalha na tentativa de elucidar os 39 casos em que o suposto assassino em série teria confessado. "Esse número pode aumentar", afirmou Deusny Aparecido. Recortes de jornais falando sobre a morte de moradores de rua também foram encontrados na residência de Tiago Henrique. Assaltos a padarias e farmácias, além de roubo de placas de motocicletas, também são investigadas.