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Entrevista

Para Maguito, aliança PMDB e PT é fundamental para disputa ao governo

'Friboi é a bola da vez no partido', diz | 11.01.14 - 12:24 Para Maguito, aliança PMDB e PT é fundamental para disputa ao governo (Foto: Mônica Parreira/A Redação)
 
Mônica Parreira e Bruno Hermano
 
Goiânia - O prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (PMDB), defende que a união entre PMDB e PT é fundamental para que a oposição seja vitoriosa nas eleições para o governo de Goiás este ano. Maguito falou sobre a corrida eleitoral, a definição de candidaturas e fez um balanço de sua administração durante sua visita à sede do jornal A Redação, nesta sexta-feira (10/1). 
 
Em meio a disputas internas para a definição de candidatura nos dois partidos, Maguito demonstra uma visão ponderada e conciliadora. Embora a aliança seja imperativa para a vitória, "qualquer partido tem o direito de lançar candidato próprio", acredita.  
 
Em entrevista aos jornalistas Bruno Hermano, João Unes e Mônica Parreira, o peemedebista esclareceu que, caso o PT defina por lançar um nome, a aliança pode ficar para o segundo turno. Sobre o PMDB, ele descartou a possibilidade de se candidatar, já que pretende focar na conclusão dos trabalhos como prefeito.

Maguito afirmou que a "bola da vez" é Júnior Friboi, que recentemente foi lançado como pré-candidato pelo partido. No entando, disse que o PMDB tem outros nomes fortes, como o Iris Rezende, e afirmou que apoirá o candidato que o partido escolher.

Direto em suas respostas, o político ainda detalhou os projetos que estão em ação no município, como a construção de um campus da Universidade Federal de Goiás (UFG) e de um novo hospital, com 240 leitos. Falou ainda sobre o aumento do ITU e eliminou a possibilidade de Aparecida de Goiânia bancar o passe livre estudantil.

Confira a entrevista na íntegra:

A Redação: O senhor é sempre lembrado como um nome forte do PMDB nas eleições. O senhor não cogita a hipótese de uma candidatura?
Maguito Vilela: Está totalmente descartada essa ideia. Quando quis disputar o governo, eu demonstrei o meu interesse, disputei, venci, depois perdi. Hoje eu não tenho interesse nenhum em disputar o governo do Estado ou o Senado, nada. Sempre fui um político muito responsável. Vou concluir o meu mandato em Aparecida de Goiânia, porque tenho compromisso com meu povo.
 
Como estão os bastidores da eleição no PMDB? O senhor está participando das decisões?
Como prefeito, estou muito envolvido na administração, estou mergulhado nos problemas da cidade que represento. Como esse é um ano eleitoral, eu acho que é uma obrigação de todos nós participar, analisar, discutir e votar. Isso é um dever cívico e eu vou participar das decisões do meu partido. O PMDB tem um pré-candidato, que é o Júnior Friboi. Ele está percorrendo o Estado, desenvolvendo seu trabalho, vai apresentar suas ideias, um projeto de governo e vai tentar alavancar sua candidatura. Temos deputados estaduais, federais, prefeitos, líderes como o Íris Rezende, que também saudamos em potencial para uma eventual candidatura. Mas a bola da vez é o Friboi. 

Como o senhor vê a aliança entre o PMDB e o PT? 
Essa aliança é nacional e está atualmente na Presidência da República, com a Dilma Rousseff (PT) como presidente e o Michel Temer (PMDB) como vice. Ela vai se repetir em quase todos os Estados e é importante que repita mesmo, porque um partido depende do outro para sobreviver politicamente. O PMDB tem força no Congresso e o PT tem força no Executivo. Nos estados, essas forças também se dividem, e essa somatória geral dá poder para os dois partidos. Isoladamente, os dois perdem muito, então as partes precisam dessa consciência, até por uma questão de sobrevivência. 

O PMDB e o PT devem caminhar juntos nas eleições em Goiás?
Eles precisam andar juntos se quiserem ganhar uma eleição e eu acredito que os dois partidos terão juízo e equilíbrio para fortalecerem a aliança. O PT está falando em lançar candidatos, e não podemos tirar o direito de um partido de lançar candidato, até porque ele tem grandes quadros para apresentar à sociedade goiana. Então temos uma situação hoje mais ou menos definida: o governador disputando por sua situação, o Vanderlan disputando também por uma terceira via - vamos chamar assim -, o Júnior como pré-candidato do PMDB e o PT falando em lançar o Antônio Gomide ou outro nome. O certo é que o quadro já está começando a ser delineado, mas vai acabar afunilando com dois ou três nomes, que eu acredito se tratar do nome da situação, o nome da oposição e possivelmente uma terceira via. Isso, por um lado, eu acho importante, porque é um leque maior para a população analisar e escolher e também é uma oportunidade de, no primeiro turno, um número maior de candidatos apresentar suas ideias. 

Desde o início do mandato como prefeito de Aparecida de Goiânia o senhor tem demonstrado boa relação com os governos estadual e Federal. Como é feita essa articulação?
Eu sempre entendi que um governo não pode fazer oposição ao outro, mas eles devem unir forças para atender as demandas da população. Por isso nós temos um excelente relacionamento administrativo com o governo federal e estadual, a Câmara Municipal, o poder judiciário e demais. Sempre procuramos unir as forças, porque facilita o trabalho de todos. Essa briga de poderes só prejudica, e é importante que o gestor tenha noção de união, de boa vizinhança com os demais governos. Isso tem resultados positivos em Aparecida. Exemplo disso é a construção, em parceria com o governo, da Alameda da Paz, que liga Goiânia a Aparecida. Hoje ninguém precisa mais usar a BR-153 se quiser ter acesso ao nosso município.
 
Qual legado o senhor pretende deixar em Aparecida de Goiânia?
Meu legado é a transformação da cidade, mudança de cultura, da forma de administrar. O maior de todos os focos é a educação, evoluímos muito nessa área. A cidade tinha sete creches, e até o fim do ano contará com 27 inaugurações (leia sobre o investimento da prefeitura na educação). Na área da saúde, construímos dez unidades básicas de atendimento, e outras cinco estão em andamento. Construímos uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), e a maior novidade é o processo de licitação para construção do Hospital Municipal, que contará com 240 leitos, sendo 40 de UTI. 
 
O que terá de novidade em obras ou outras ações que podem marcar sua gestão em 2014?
Teremos a instalação da Universidade Federal de Goiás e a construção do aeroporto local para pequenos e médios aviões, que é um aeroporto executivo para a aviação regional. Também contaremos com um grande shopping, que está sendo construído no centro histórico da cidade. É um empreendimento que vai contar com um investimento de aproximadamente R$ 200 milhões. Faremos a universalização das redes de esgoto e água tratada, que não ficará totalmente pronta em 2014, mas já terá avanço significativo e vai melhorar muito a cidade. Vamos asfaltar em torno de 25 bairros, principalmente aqueles com maior densidade populacional, como o Bairro Independência, Portal Sul, Vila Oliveira, Buriti Sereno, Itapuã, etc. São bairros que serão asfaltados ainda este ano.
 
O passe livre estudantil foi tema nacional durante o ano passado, e a posição da prefeitura de Aparecida de Goiânia era de não participar do projeto. Como está essa situação atualmente?
É uma questão de prioridade, Aparecida de Goiânia não tem previsão orçamentária para isso. Se eu for doar passe livre, vou deixar de asfaltar a periferia da cidade, deixar de colocar água tratada. Goiânia não tem esse mesmo problema, porque é uma cidade pronta, com boa arrecadação, então pode sim destinar verba para o projeto, e o Estado da mesma forma. O outro detalhe é que a maioria dos estudantes de Aparecida vão para Goiânia, e o ISS é recolhido nas escolas da capital. Então esse é um outro benefício que a região metropolitana contempla a capital. Então o certo seria que Goiânia, junto ao Estado, assumisse esse compromisso.

Como ficou o reajuste do IPTU e do ITU no município para este ano?
Eu não aumentei o IPTU, mas aumentei bastante o ITU. Aparecida de Goiânia tem cerca de 100mil lotes baldios, o que corresponde a uma área muito grande da cidade. As imobiliárias compraram grandes áreas e não vendem, porque estão esperando valorizar, mas isso impede o crescimento da cidade. Com isso, perdemos grandes empresas que tinham interesse em se instalarem em Aparecida, mas acabaram desistindo, como foi o caso da Leroy Merlin. O que eu fiz? Aumentei o imposto, porque se o sujeito quer especular, ele é obrigado a pagar o imposto à altura do valor do seu imóvel. Há reajustes de 50 a 150%, depende do local. 
 

Comentários

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  • 11.01.2014 20:19 LUCILIA AP LIMA

    nòs moradores dos setores porto das pedras,colinas de homero,itapuã,american parque e morada dos passaros pedimos humildemente a construção da ponte q liga o veiga jardim ao porto das pedras pois não temos linha de onibus devido a falta dessa ponte e nossas crianças q estudam no colegio est telma vieira passam dentro do corrego correndo perigo para estudar por falta dessa tão sonhada ponte.

  • 11.01.2014 19:31 Odair moreira dos santos

    pedimos ao sr prefeito pra continuar a reforma a maternidade marlene teixeira,a coisa ta feia por aqui na maternidade.obrigado

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