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Governo

"2014 será o ano da segurança", diz Marconi Perillo

Tucano fez balanço em entrevista coletiva | 23.12.13 - 14:35
Michelle Rabelo
Atualizado às 17h10
(Foto: Facebook/Marconi Equipe)
Goiânia - O governador Marconi Perillo (PSDB) fez um balanço de 2013 na manhã desta segunda-feira (23/12), falou sobre os últimos três anos e aproveitou para expôr suas expectativas para 2014, ano eleitoral.

O tucano respondeu perguntas de jornalistas de diversos meios de comunicação e deu destaque para o tema segurança, que segundo ele, será o foco principal do ano que se aproxima. 

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O governador recebeu a imprensa no 10º andar do Palácio Pedro Ludovico e evitou confirmar sua possível candidatura à reeleição. O tucano, porém, não se negou a responder nenhuma das perguntas - feitas por cerca de 30 jornalistas. Durante quase duas horas, Marconi falou sobre educação, saúde, segurança, investimentos e futuro.

Segurança
O ponto mais destacado pelo governador foi a segurança pública que, segundo o tucano, será a menina dos olhos do governo no ano que vem. Um total de R$ 150 milhões serão investidos na área. Grande parte deste dinheiro já está no Fundo Estadual de Segurança e será usado na melhoria das delegacias de polícia, dos Institutos Médicos Legais (IMLs) e dos presídios.


Além disso, Marconi garantiu que até o final de 2014, o Estado vai ganhar o reforço de 5.502 novos policiais. Ele explicou que atualmente um policial trabalha por 12 horas e folga por 36 horas, ou seja, enquanto um homem está na rua, três estão descansando, o que dificulta "o forte esquema de segurança" pensado para Goiás.

O governador anunciou ainda a troca de mais de dois mil carros da Secretaria de Segurança Pública (SSPJ) para 2014 e a aprovação de uma lei que prevê o repasse de verba diretamente aos delegados de polícia. 

Saúde
O tema saúde também foi amplamente abordado pelos jornalistas. Marconi anunciou, entre outras coisas, investimentos em abrigos para idosos e a construção de hospitais geriátricos. Segundo o tucano, a primeira-dama e presidente da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), Valéria Perillo, vinha trabalhando na construção de Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) mas como o Governo Federal já tem um programa focado na área, ficou decidido que a partir de 2014 os esforços de Valéria - juntamente com a Agência Goiana de Habitação (Agehab) e com prefeituras do Estado - serão direcionados para a construção de abrigos para pessoas que entraram na 3ª idade.

O governador também afirmou que já está programado para o próximo ano a construção de hospitais geriátricos. Tudo vai depender da disponibilidade das prefeituras que, caso se interessem pela ideia, terão que doar o terreno. A construção de 100 unidades já foi autorizada pelo Estado, mas Marconi não divulgou as cifras correspondentes às obras. Em Goiânia a unidade será levantada na antiga Colônia Santa Marta e Marconi disse já ter encomendado o projeto e um estudo que antecederão a construção. 
 
Ainda sobre Saúde, Perillo também fez uma espécie de esclarecimento alegando que muita gente cobra melhorias vindas da gestão estadual se esquecendo que a construção e a manutenção dos hospitais - seja com equipamentos, medicamentos e mão de obra - também são de responsabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS), além dos governos municipal e federal. O tucano explicou que como os Centros de Assistência Integral a Saúde (Cais) vêm deixando muito a desejar, os hospitais estaduais acabam ficando sobrecarregados. 

Marconi finalizou falando sobre a entrega do Hospital de Urgências de Goiânia 2 (Hugo), marcada para 2014. A unidade de saúde fica no Setor Santos Dumont, na saída para Inhumase e deve custar ao cofres públicos R$ 57,5 milhões. A intenção de Marconi é que o Hugo 2 atenda a população da região Noroeste da capital e as demandas do interior.

A área a ser edificada, de 28 mil metros quadrados, que será destinada a atendimentos de serviço médico de urgência, emergência e queimaduras, terá 360 leitos, heliponto, 1.000 vagas para estacionamento, auditório para 150 lugares, cinco pavimentos com enfermarias para internação, 40 leitos de UTIs, 10 leitos de observação, entre outras unidades. A área total do terreno é de 137 mil metros quadrados.

Dívida externa
O tucano disse que está muito feliz com sua gestão e fez questão de elogiar seus auxiliares, dizendo que a reestruturação de Goiás vem sendo feita sobre o tripé trabalho, equipe e planejamento. Durante a fala ele citou o ex-secretário da Fazenda, Simão Cirineu, que "fez um brilhante trabalho para o Estado". 

Marconi anunciou que Goiás está em uma situação melhor diante da dívida externa. Segundo ele, desde o início de seu 1º mandato, Goiás gasta 20% da receita no pagamento da dívida do Estado, mas a expectativa é de que em 2019 esse porcentual caia para 15%, e em 2020 atinja 5%.

Marconi disse ainda que o governo de Goiás tem uma ação judicial, cujo relator é o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, contra a Eletrobrás. A ação está em tramitação e caso o parecer seja favorável a Goiás, o Estado deve receber entre R$ 8 bilhões e R$ 12 bilhões, dinheiro que já foi comprometido para o pagamento de uma parcela grande da dívida externa, o que praticamente zeraria o débito.
 
Eleição
Sobre as eleições de 2014, o tucano chegou a brincar, dizendo que caso lance seu nome na disputa ao governo, prefere não escolher adversário, se referindo à novela que envolve o nome de Iris Rezende (PMDB) e Júnior Friboi (PMDB). 

Sobre o secretariado, ele confirmou a saída de Vilmar Rocha - sentado ao lado do tucano durante a coletiva -, que deixa oficialmente no dia 26 a Casa Civil. A pasta será assumida por José Carlos Siqueira, hoje à frente da Controladoria Geral do Estado.

Além dele, Thiago Peixoto também deixa a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), mesmo ainda não tendo anunciado candidatura.

Giuseppe Vecci já havia anunciado sua saída da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), que será assumida por Leonardo Vilela. Marconi avisou que irá se pronunciar oficialmente sobre a reforma no secretariado na quinta-feira (26/12). 

Saneamento
Sobre saneamento o tucano também falou de investimentos e se comprometeu a construir 600Km de esgoto até 2014. O tucano falou também em universilaização da distribuição de água.

"Estamos construindo o Sistema de Abastecimento Mauro Borges, que foi projetado para o abastecimento de uma população estimada em 3 milhões de pessoas até 2045. Teremos em Goiânia, 90% de esgoto coletado e tratado", afirmou.
 
Drogas
Perguntado sobre a questão das drogas, Perillo disse que o enfrentamento se faz em 3 etapas: prevenção, repressão e recuperação. Para o governador, a prevenção é papel das escolas e haverá sim investimentos em campanhas até 2014.
 
Quanto a repressão ele citou a criação dos Comandos de Dividas, e sobre a recuperação falou dos Centros de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeqs) que deverão ser construídos em cinco cidades, entre elas estão Quirinópolis, Caldas Novas e Aparecida de Goiânia, onde as obras estão avançadas.
 
O governador também anunciou que comprou 21 mil vagas em comunidades terapêuticas e fez questão de lembrar que o Plano de Ação Integrada de Desenvolvimento (PAI) tem uma linha específica com ações para o enfrentamento das drogas. 
 
"A prevenção é muito importante, e isso acontece na educação, nas escolas e no esporte, e temos investindo fortemente nessas áreas. Criei o Comando de Divisas, mas essa ação deve ser feita nas fronteiras do Brasil. Também Estamos construindo os Credeq's. Já estamos fazendo o chamamento para as OS administrarem os centros. Não quero começar para não entregar", pontuou o governador.
 
Celg
Marconi explicou que o último empréstimo contraído pelo Estado junto a Caixa Econômica Federal (CEF) ajudará a zerar a dívida da Celg. O tucano citou ainda a prorrogação da concessão da Celg por mais 30 anos como um ponto que vai voltar a colocar a empresa em um patamar competitivo.
 
ICMS
Para finalizar, Marconi falou sobre o protesto que abraçou contra a proposta de mudança no ICMS, que prevê a modificação da alíquota do imposto de 7% para 4% e assim acabar com os incentivos fiscais oferecidos pelas Regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
 
A proposta em discussão prevê mudança na alíquota do ICMS, que é o porcentual aplicado para o cálculo do valor do imposto cobrado sobre a circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação.
 
Para os militantes da causa, a mudança no valor deste porcentual dificultaria que os produtos fabricados nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste chegassem aos Estados de destino, principalmente os do eixo São Paulo-Sul, com bons preços e com vantagens competitivas.
 
"Se for aprovado, o reajuste fiscal vai nos prejudicar muito. Fizemos uma peregrinação por todo o Brasil e conversamos com 12 governadores para alertá-los das consequências do reajuste fiscal. O clima melhorou muito para nós depois desse trabalho que fizemos, mas o risco é permanente. Sem o incentivo fiscal nosso produto ficará mais caro, o que não é nada competitivo. Vou trabalhar até o último momento para que o incentivo fiscal seja mantido", garantiu Marconi.


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