Ludymila Siqueira
Goiânia - As preocupações com doenças infecciosas aumentam durante o período de chuvas, dentre elas a dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Para se ter uma ideia, somente nas duas primeiras semanas de janeiro, o Estado de Goiás registrou 3.339 casos confirmados da patologia. De janeiro a dezembro de 2023, foram confirmadas mais de 60 mil infecções e 39 mortes em decorrência da doença, conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).
O Ministério da Saúde (MS) informou nesta semana que irá priorizar a faixa etária de 6 a 16 anos na aplicação da vacina contra a dengue. O país irá adquirir 5,2 milhões de doses da Qdenga, fabricada pelo laboratório japonês Takeda. O quantitativo irá possibilitar a vacinação de cerca de 3 milhões de pessoas, já que o esquema vacinal prevê duas doses. A previsão é que comece a ser oferecida a partir de fevereiro de forma gratuita.
Com os altos índices de casos da doença, além da baixa quantidade de doses a serem disponibilizadas pelo SUS, a tendência é que a procura pelo imunizante na rede privada aumente consideravelmente, como já é registrado em clínicas espalhadas pela Grande Goiânia. No entanto, o custo do imunizante na rede privada de saúde é alto, podendo ultrapassar o valor de R$ 440, cada dose.
Segundo o médico infectologista Boaventura Braz, que atende em uma clínica no Setor Marista, houve um aumento significativo de solicitações de informações sobre a vacina contra a dengue nas últimas semanas. Já em outra unidade de saúde localizada em Aparecida de Goiânia, a demanda pelo imunizante dobrou nas duas semanas de janeiro.
O médico infectologista José Geraldo explica que a dengue é uma infecção que pode ocorrer por quatro sorotipos de vírus. Sendo assim, conforme o médico, podem acometer a mesma pessoa ao longo do tempo.