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Saúde

Procura por vacina da dengue aumenta em Goiânia

Rede pública priorizará idades de 6 a 16 anos | 19.01.24 - 15:12 Procura por vacina da dengue aumenta em Goiânia (FOTO: AGÊNCIA BRASIL)
Ludymila Siqueira

Goiânia - 
As preocupações com doenças infecciosas aumentam durante o período de chuvas, dentre elas a dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Para se ter uma ideia, somente nas duas primeiras semanas de janeiro, o Estado de Goiás registrou 3.339 casos confirmados da patologia. De janeiro a dezembro de 2023, foram confirmadas mais de 60 mil infecções e 39 mortes em decorrência da doença, conforme dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO).

O Ministério da Saúde (MS) informou nesta semana que irá priorizar a faixa etária de 6 a 16 anos na aplicação da vacina contra a dengue. O país irá adquirir 5,2 milhões de doses da Qdenga, fabricada pelo laboratório japonês Takeda. O quantitativo irá possibilitar a vacinação de cerca de 3 milhões de pessoas, já que o esquema vacinal prevê duas doses. A previsão é que comece a ser oferecida a partir de fevereiro de forma gratuita.

Com os altos índices de casos da doença, além da baixa quantidade de doses a serem disponibilizadas pelo SUS, a tendência é que a procura pelo imunizante na rede privada aumente consideravelmente, como já é registrado em clínicas espalhadas pela Grande Goiânia. No entanto, o custo do imunizante na rede privada de saúde é alto, podendo ultrapassar o valor de R$ 440, cada dose. 

Segundo o médico infectologista Boaventura Braz, que atende em uma clínica no Setor Marista, houve um aumento significativo de solicitações de  informações sobre a vacina contra a dengue nas últimas semanas. Já em outra unidade de saúde localizada em Aparecida de Goiânia, a demanda pelo imunizante dobrou nas duas semanas de janeiro.
 
O médico infectologista  José Geraldo explica que a dengue é uma infecção que pode ocorrer por quatro sorotipos de vírus. Sendo assim, conforme o médico, podem acometer a mesma pessoa ao longo do tempo. 
 
Além disso, o especialista afirma que o imunizante é composto por versões atenuadas dos sorotipos da dengue, ou seja, vírus vivos enfraquecidos. "Depois da aplicação, o sistema imunológico identifica esses sorotipos como estranhos e começa a produção de anticorpos com eles. Com isso, quando a pessoa for exposta ao vírus, o sistema imunológico vai reconhecê-lo e pode produzir mais anticorpos para neutralizar o agente infeccioso antes que ele cause a dengue”, detalha. A vacina tem como foco a redução no índice de mortalidade em decorrência da doença. 

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