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Pesquisa

Estudo inédito busca aperfeiçoar práticas alimentares de pessoas com nanismo

Universidades federais coordenam projeto | 28.08.21 - 09:38 Estudo inédito busca aperfeiçoar práticas alimentares de pessoas com nanismo (Foto: divulgação)
A Redação

Goiânia -
Entender as práticas alimentares de pessoas com nanismo no país com o objetivo de aperfeiçoar o cuidado em nutrição e melhorar a qualidade de vida é foco de um estudo de âmbito nacional. O estudo é realizado pelo Departamento de Nutrição Social da Universidade Federal Fluminense em parceria com o Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Rio Grande do Norte sob a coordenação da professora Ursula Viana Bagni. O pedido é que pessoas com nanismo ou responsáveis por crianças com nanismo preencham a pesquisa on-line.  
  
Utilizado como regra para medir a relação peso X altura, o Índice de Massa Corpórea (IMC), por exemplo, não é adequado para pessoas com nanismo. O grupo, que possui pouca literatura à disposição, enfrenta, desde a infância, dificuldades em entender como ter uma alimentação saudável que auxilie no controle de peso, previna doenças crônicas e melhore a qualidade de vida.   
 
Doutora em nutrição, Ursula Viana diz que uma das principais evidências até o momento está na necessidade de energia, que é menor que a de uma pessoa com estatura mediana. Ocorre que esta diferença também não está se apresentando homogênea e a pesquisa pretende responder a essa questão: quantas calorias uma pessoa com nanismo precisa?  
  
“O que sabemos é que, como a pessoa com nanismo necessita de menos calorias diárias e que seu corpo está ‘programado’ para acumular mais gordura em função da alteração genética. Por isso, o controle da alimentação é essencial. É necessária uma vigilância constante, pois mesmo que o peso em excesso não resulte em doença crônica, ele pode agravar problemas articulares e resultar em dor e prejuízo na mobilidade”, explica.  
  
A professora universitária trabalha há alguns anos com nutrição de subgrupos populacionais em maior situação de vulnerabilidade em saúde. Neste sentido, tem desenvolvido atividades de ensino na graduação e pós-graduação e também pesquisas e projetos de extensão. Ela conta que nos últimos anos começou a se aproximar da temática do nanismo e percebeu a escassez de material para ser usado na universidade e também para servir de subsídio para os profissionais já formados.  
  
A pesquisa
“A pesquisa ‘Alimentação, nutrição e saúde de pessoas com nanismo no Brasil’ visa conhecer mais sobre as práticas alimentares, o estado nutricional e a segurança alimentar de pessoas com nanismo, e sua associação com saúde e estilo de vida, uma vez pesquisas sobre esse tema no país são escassas”, explica Ursula.   
  
O objetivo é que participem pessoas com todos os tipos de nanismo residentes em todo o território nacional, de ambos os sexos e todas as fases da vida (crianças, adolescentes, adultos, gestantes, idosos). Para as universidades, os resultados podem ajudar a conhecer a condição alimentar e nutricional de pessoas com nanismo no país e suas desigualdades regionais. Assim, podem subsidiar ações e políticas que possam prevenir e recuperar desvios nutricionais e agravos à saúde que prejudiquem a qualidade de vida dessa população.   
  
“Também contribuirão para trazer ricas informações para o avanço do Sistema Único de Saúde brasileiro e na garantia do atendimento de seus princípios do junto às pessoas com deficiência: a universalidade da atenção à saúde desse grupo invisibilizado, equidade frente às suas necessidades específicas, e a integralidade da atenção e a continuidade do cuidado daqueles que necessitam de frequentes cuidados em múltiplos pontos da rede de saúde”, completa a professora.  
  
Para participar, basta responder ao questionário

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