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COMÉRCIO ELETRÔNICO EM ALTA

E-commerce: negócio rentável mesmo em tempos de crise financeira

Vendas on-line já movimentam R$ 1 bi em Goiás | 16.10.17 - 15:28 E-commerce: negócio rentável mesmo em tempos de crise financeira (Foto: Letícia Coqueiro / A Redação)
 
Rafaela Bernardes

Goiânia -
O comércio eletrônico, que já chegou a ser visto como um cenário de informalidade e amadorismo, hoje vem se transformado em uma das áreas mais promissoras e dinâmicas do mundo dos negócios. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), as vendas on-line, que já representam 3,5% das vendas do varejo brasileiro, movimentaram em Goiás, só neste ano, mais de R$ 1 bilhão. 
 
Os números mostram como o comércio eletrônico, ou e-commerce, como também é conhecido, tem aberto portas para milhares de micro, pequenos e grandes empreendedores, que apostam na comodidade e no alcance das vendas on-line. Em tempos de crise econômica, a internet continua crescendo, alcançando mais pessoas e, consequentemente, mais consumidores. 
 
As lojas físicas continuam existindo, mas concorrem, cada dia mais, com os canais de vendas abertos 24 horas, sete dias por semana e ao alcance de um click. Muitos empresários aliam as lojas físicas às virtuais para alavancar as vendas e atender a todos os tipos de consumidores.
 
É o que fez a goiana Millena de Paula, um case de sucesso quando se fala em vendas pela internet em Goiás. No mercado de roupas moda praia e fitness há sete anos, a empresária conta que, hoje, cerca de 70% de suas vendas são feitas pela internet, mais precisamente pelas redes sociais. 
 

Empresária Millena de Paula está no mercado há sete anos (Foto: Letícia Coqueiro / A Redação)
 
"Quando comecei, a marca tinha apenas a loja física, mas com menos de um ano de empresa já senti a necessidade de expandir para as redes sociais. Através dos perfis no Facebook e no Instagram, alavanquei minhas vendas e hoje tenho clientes em todas as regiões do Brasil e também em Portugal, Espanha e Rússia", explicou  Millena, proprietária da empresa Cereja Doce, ao jornal A Redação
 
A empresária ressaltou que para se inserir no mercado virtual precisou investir pesado nas atualizações das redes sociais de sua marca. "As clientes que acompanham pela internet são sedentas por informações. Por isso, passo grande parte do meu dia postando fotos das novidades da moda e pesquisando tendências na internet. É preciso estar sempre em processo de qualificação para conseguir acompanhar a velocidade da internet e do perfil dos consumidores", explicou.  
 
Crescimento
As vendas pela internet, e-comerce, devem atingir neste ano a marca de R$59.910 bilhões de faturamento, o que representa crescimento de 12% em relação ao ano passado, quando as vendas bateram R$53.491 bilhões. A estimativa é da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
 
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Goiânia, Geovar Pereira, destaca que em tempos de crise financeira o mercado eletrônico foi o que menos sofreu com a recessão da economia. Em uma perspectiva otimista, o presidente diz acreditar que as vendas pela internet também serão as que mais devem registrar aumento com a melhora do quadro econômico.
 

Geovar Pereira, presidente da CDL Goiânia (Foto: Divulgação CDL)
 
"A crise praticamente já passou. Agora estamos na expectativa de que as vendas alavanquem de vez. E neste cenário, a venda eletrônica deve apresentar crescimento muito superior à venda em lojas físicas. Isso porque o e-comerce vem crescendo exponencialmente, além de que esse tipo de relação comercial caiu no gosto do consumidor", disse ao AR.  
 
Formalidade
Para entrar no comércio eletrônico e conseguir sucesso nas vendas virtuais é preciso de muito mais que um site ou um perfil nas redes sociais. O analista Francisco Lima Júnior, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Goiás (Sebrae), explica que o e-comerce exige "planejamento, investimento em produtos diferenciados e formalização". 
 

(ARTE: MARIANA BARBOSA/A REDAÇÃO)
 
Francisco alerta para a "falsa impressão" de que as vendas on-line são um campo de amadorismo. "No e-comerce o cliente não está vendo nem tocando no produto, então é preciso transmitir credibilidade e profissionalismo. Vender pela internet não é tão simples quanto se pensa, é um desafio", disse. 
 
A dica do analista para quem está entrando nesse tipo de mercado é "identificar um nicho pouco explorado para conseguir chamar a atenção do público". "Conhecimento e qualificação são essenciais", alerta. 
 
Trabalhando com moda há cinco anos, a blogueira Raíza Marinari decidiu entrar de vez no mundo dos negócios. Em agosto deste ano criou a marca própria, a LIV, e desde então vem divulgando suas coleções pela internet. A empresária, que tem mais de 360 mil seguidores no Instagram, é um dos exemplos de empreendedores que se preparam primeiro para depois entrar no mercado. 
 

Raíza Marinari tem mais de 360 mil seguidores no Instagram  (Foto: Renato Conde / A Redação)
 
"O planejamento para a criação da nossa marca (a empresária é sócia do esposo e da mãe) começou no ano passado. Pesquisamos o mercado e as tendências para depois nos lançarmos no ramo das vendas. Eu me especializei como blogueira no nicho de atacado e hoje eu sou uma das blogueiras mais influentes nesse sentido, então as pessoas já esperavam por uma marca com o meu nome", explicou.

 


Com cerca de 80% das vendas da marca feitas pela internet, a blogueira chama a atenção para a importância do marketing para esse tipo de negócio. Segundo ela, o diferencial da sua empresa é justamente a propaganda. 
 
"O marketing que faço das peças, através do meu perfil no Instagram, é um diferencial. A cliente que compra as roupas da nossa marca já leva todo esse trabalho de divulgação e as fotos que faço para coleção. O engajamento nas redes sociais é primordial para este tipo de negócio", finalizou Raíza. 
 
 

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