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656 anos

Serial killer de Goiás é o preso com maior tempo de condenação no Brasil

Custo do Estado com processos chega a R$ 1 mi | 12.09.17 - 11:40 Serial killer de Goiás é o preso com maior tempo de condenação no Brasil   Tiago Henrique já foi condenado em 28 processos (Foto: Hernany César/TJGO)
 
Mônica Parreira e Rafaela Bernardes
 
Goiânia - Condenado a 656 anos de prisão, serial killer Tiago Henrique Gomes da Rocha, de 29 anos, é o detento com a maior pena já registrada no Brasil. A informação foi repassada pelo juiz Jesseir Coelho de Alcântara durante entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (12/9), no Fórum Desembargador Fenelon Teodoro Reis, em Goiânia. "Minha experiência aponta que foi o preso que teve a maior pena no Brasil de maneira individualizada", explicou. 
 
O vigilante foi preso em outubro de 2014, suspeito de praticar uma série de homicídios na Grande Goiânia. De lá para cá, já passou por 30 sessões de júri popular, sendo condenado em 28 delas. Tiago ainda vai passar por mais quatro júris, o que pode aumentar ainda mais a sua pena.
 

Juiz Jesseir Coelho explica situação do processo envolvendo serial killer (Foto: Rafaela Bernardes)
 
Apesar dos mais de seis séculos de condenação, o serial killer ficará preso por, no máximo, 30 anos. "Nossa legislação brasileira estabelece que o acusado pode cumprir somente 30 anos, no máximo. Então se ele foi preso com 27 anos de idade, com certeza aos 57 vai sair da penitenciária, em razão do que a legislação estabelece", explicou. A soma inclui o tempo em que Tiago Henrique está preso, o que significa que ele já cumpriu quase três anos. 
 
Custos
Durante a entrevista o magistrado também apresentou um cálculo do que o processo envolvendo o assassino em série custa ao Estado. Considerando a investigação da Polícia Civil e os gastos para a realização cada júri popular - como deslocamento, alimentação e segurança -, o valor chega a R$ 1 milhão. "A minha experiência aponta que é o preso que custou mais caro para o Estado de Goiás", disse.
 
O valor, de acordo com o Jesseir Coelho, não poderia ser reduzido. Segundo ele, a legislação não permite que a Justiça faça um "mutirão" para julgamento de vários processos. "Cada caso deve ser julgado separadamente", explicou.

Os quatro júris populares que Tiago Henrique ainda vai participar ainda não têm data marcada. Além dos 28 homicídios, ele também já foi condenado por assalto e porte ilegal de arma. 

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