Adriana Marinelli e Kamylla Rodrigues
Goiânia - Com as medidas de ajuste fiscal consideradas duras por muitos e com a economia em gastos de custeio no Estado, Goiás se mantém em situação privilegiada em relação aos demais Estados quando o assunto é o cenário econômico. É o que garante a secretária Ana Carla Abrão, titular da Secretaria da Fazenda, que afirmou em entrevista exclusiva ao jornal A Redação que os esforços seguem intensificados para que Goiás feche o ano de 2016 no azul.
"Tudo indica que já no próximo mês seja possível colocar todas as despesas nas receitas. A adequação dos gastos com sua arrecadação é um trabalho que vem sendo desenvolvido desde o ano passado. Em 2015, a previsão é que o Estado fechasse com um déficit de R$ 7 bilhões, principalmente por causa da frustração de receitas. Mas também trabalhamos a parte das despesas. Com o apoio do governador Marconi Perillo, tomamos medidas de ajuste fiscal consideradas duras, e conseguimos reduzir esse déficit para cerca de R$ 1,8 bilhão. Esse esforço segue em 2016 e caminhamos para fechar o ano em equilíbrio", afirmou.
Ana Carla comentou o resultado da balança comercial goiana referente ao mês de junho, quando o Estado alcançou saldo positivo de US 398 milhões. Na avaliação da secretária, trata-se de mais uma prova de que "Goiás caminha a passos largos para sair da crise". "Sem falar que o agronegócio e as indústrias aqui instaladas estão reagindo bem, frente ao panorama nacional", completa.
Para a secretária, a atração de investimentos e a instalação de novas empresas no Estado têm peso fundamental no fortalecimento da economia. Além disso, cita as missões comerciais como essenciais. "Certamente o número de empresas interessadas em se instalar no Estado é fruto das missões comerciais, que apresentam as potencialidades econômicas de Goiás lá fora. Os investidores se impressionam ao ver a excelente infraestrutura logística goiana, consolidada por meio de diferentes modais, como rodovias, ferrovias, hidrovias e aeroportos".
"A busca incessante pela solidez fiscal do Estado é outro fator que chama a atenção. Por um lado reflete o compromisso do governo com sua população, aplicando de forma correta os impostos e economizando em gastos de custeio. Por outro, evidencia o compromisso do governo para a promoção de um excelente ambiente de negócios. O impacto disso é claro: maior a atividade econômica, maior geração de trabalho e renda", finaliza.