São Paulo - Dois homens foram detidos na noite deste sábado, 25, na França, como parte da investigação sobre o roubo de joias no Museu do Louvre, ocorrido no último domingo, 19.
Segundo a mídia francesa, um dos suspeitos foi preso no Aeroporto Charles-de-Gaulle enquanto se preparava para embarcar em um voo para o exterior. O segundo foi preso pouco depois na região de Paris. A promotora de Paris, Laure Beccuau, ainda não confirmou o número de prisões.
Eles são suspeitos de fazer parte de um grupo de quatro pessoas que roubou oito joias da coroa francesa no último domingo, estimadas em mais de US$ 100 milhões.
Os ladrões entraram no museu usando um elevador de carga instalado na rua, quebraram as vitrines que continham as joias com uma serra circular e fugiram em uma motocicleta.
Entre as joias roubadas estavam uma tiara de pérolas que pertencia à Imperatriz Eugênia e um conjunto de colar e brincos de safira pertencente à Rainha Maria Amélia.
Veja a lista de joias roubadas no Museu do Louvre
Tiara do conjunto das rainhas Marie-Amélie e Hortense
Composta por cinco partes articuladas, a peça conta com 24 safiras e 1.083 diamantes. Além das duas rainhas, também pertenceu a Isabel de Orléans, permanecendo com sua família até o ano de 1985.
Qual pode ser o destino das joias roubadas?
Especialistas ouvidos pela AP alertam que os objetos poderiam em breve — se já não estiverem — ser derretidos ou divididos.
Há ainda chances de vender as peças menores como parte de um novo colar, brincos ou outras joias, sem chamar muita atenção. “Você nem precisa colocá-las em um mercado clandestino, é só colocá-las em uma joalheria”, disse Erin Thompson, professora de crime de arte no John Jay College of Criminal Justice em Nova York. “Poderiam ser vendidas na rua do Louvre.”
Thompson e outros dizem que isso tem se tornado comum com bens roubados de joias e metal, observando que é uma maneira dos ladrões tentarem cobrir seus rastros e ganhar dinheiro.
Christopher Marinello, advogado e fundador da Art Recovery International, não vê possibilidade de as joias serem usadas publicamente. Ele também destaca que encontrar um mercado para vender os artefatos completos seria incrivelmente difícil depois que o mundo todo viu fotos delas na última semana.
Falha terrível e oferta de renúncia
Na quarta, a diretora do Louvre, Laurence des Cars, reconheceu a “terrível falha” na segurança do museu. Ela afirmou ainda que ofereceu sua renúncia do cargo - o que foi recusado pelo ministro da Cultura.
Em testemunho ao Senado francês, a diretora disse que o Louvre tinha uma prejudicial falta de câmeras de segurança e outras “fraquezas” expostas pelo roubo de domingo, 19.
″Hoje estamos vivendo uma terrível falha no Louvre, pela qual assumo minha parte da responsabilidade", disse ela. (Agência Estado/ Com informações da AP e AFP)