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Sem acordo

Motoristas anunciam greve no transporte coletivo da Grande Goiânia

Paralisação está marcada para sexta (27/6) | 23.06.25 - 08:00  Motoristas anunciam greve no transporte coletivo da Grande Goiânia (Foto: reprodução)
Samuel Straioto
 
Goiânia - Em assembleia realizada no domingo (22/6), motoristas do transporte coletivo da Grande Goiânia decidiram iniciar uma greve a partir da próxima sexta-feira (27/6). A paralisação foi aprovada após a rejeição da proposta das empresas, e deverá impactar milhares de usuários do transporte público na capital e na região metropolitana.
 
A decisão dos trabalhadores foi tomada no Terminal Padre Pelágio, com grande participação da categoria. A proposta do Sindicato das Empresas de Transporte Público (SET), de 4,86% de reposição inflacionária mais 0,5% de ganho real, foi rejeitada por ampla maioria. A greve está confirmada e com início previsto para a madrugada de quinta para sexta-feira, caso não haja um novo acordo.
 
Para o presidente do Sindicoletivo, Carlos Alberto Luiz dos Santos, a proposta ficou aquém do que era esperado. Ele mencionou que, durante a pandemia, os trabalhadores mantiveram o serviço ativo sem receber reajuste em 2020.
 
Além do percentual, o sindicato apresentou outras demandas, como a retomada do transporte dos funcionários até as garagens e a recomposição do adicional por tempo de serviço, retirado em 2017.
 
“A assembleia contou com presença expressiva dos trabalhadores. Rejeitamos a propostazinha da empresa, só com a inflação, 4,86% mais 0,5%, dando 5,36%. Já estamos em estado de greve. A paralisação está marcada para começar à meia-noite de sexta-feira. As empresas pediram mediação no TRT, mas não compareceram à audiência anterior. Se a próxima também for infrutífera, a greve será mantida”, afirmou o presidente do Sindicoletivo.
 
A ausência dos representantes patronais na audiência de mediação do dia 17 de junho, no Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, foi um dos estopins para a mobilização, segundo informou a categoria.
 
Histórico e contexto
O salário atual de um motorista de ônibus em Goiânia gira em torno de R$ 3 mil para uma jornada de 8 horas diárias. Em 2024, a categoria teve um reajuste de 7,5%, homologado pelo TRT. Segundo o Sindicoletivo, o índice proposto para este ano ficou abaixo do reajuste aplicado ao salário-mínimo nacional.
 
Resposta das empresas
Durante o período de negociações, o SET divulgou nota a pedido do jornal A Redação reafirmando o interesse em manter o diálogo com o sindicato. Segundo o texto, “todas as tratativas têm se mantido dentro do respeito mútuo e com esforço de ambas as partes”.
 
“A proposta do SET prevê reposição da inflação de 4,86% e 0,5% de ganho real, totalizando 5,36% — patamar acima da média das negociações em curso em outras categorias”, diz a nota. A entidade também ressaltou que, nos últimos dois anos, os trabalhadores acumularam ganho real de 9%, em função das perdas da pandemia, e que o atual contexto de investimentos na recuperação da RMTC exige cautela.
 
Proposta do SET:
Reposição da inflação (março/2024 a fevereiro/2025): 4,86%
Ganho real: 0,5%
Total proposto: 5,36%

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