A Redação
Goiânia - Um estudo da agência de marketing Ativaweb nos perfis de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas redes sociais da Meta (Instagram e Facebook) aponta que o presidente perdeu cerca de 1 milhão de seguidores entre janeiro e maio de 2025.
Nesse intervalo, o sentimento negativo nas redes a respeito de Lula, ou seja, postagens críticas, teve 71% de média. Tanto em perda de seguidores quanto em menções negativas, abril foi o pior mês para o petista nas redes sociais, na esteira da operação Operação Sem Desconto, em que a Polícia Federal mirou descontos criminosos nos pagamentos de aposentados e pensionistas. O aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) também não pegou bem.
Em abril, segundo a Ativaweb, Lula perdeu cerca de 240 mil seguidores. Nos meses anteriores, foram menos 180 mil em janeiro, queda de 195 mil em fevereiro e de 195 mil em março. Em maio, a redução foi de 190 mil seguidores nas redes do presidente.
Ainda em abril, 79% das menções a Lula nas redes foram negativas, com um pico de 2,8 milhões de críticas em um intervalo de 24 horas.
Entre os principais termos associados ao presidente no ambiente digital entre janeiro e maio, a agência apontou “despreparo”, “desconexão”, “populismo”, “roubo”, “INSS” e “cadê a picanha?”.
Nordeste
A pesquisa também mostrou que o volume de menções foi maior no Nordeste (28,4%), historicamente alinhado ao PT e onde a atual gestão tem registrado aumentos sucessivos de desaprovação desde o início do ano. A região foi seguida pelo Norte (20,3%), Sudeste (18,7%), Centro-Oeste (17,7%) e Sul (14,9%).
A questão do aumento do IOF também teria impactado negativamente, resultando na perda de seguidores para Lula em maio e reforçou, na análise do cientista político e CEO do Instituto Travessia, Renato Dorgan, narrativas difundidas pela oposição. "Do ponto de vista estratégico para o Lula, a situação do IOF foi um desastre, porque ratifica a história de que é um governo que aumenta impostos, narrativa que já tem sido divulgada há tempos pela oposição. Isso se soma ao caso do INSS, que também traz de volta e associa o governo à corrupção", diz o cientista político em análise publicada no jornal O Globo.
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