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Comércio exterior

Ficomex 2025 terá como foco o fortalecimento do pequeno empresário goiano

"Queremos diminiuir dificuldades", diz Fileti | 07.05.25 - 11:55 Ficomex 2025 terá como foco o fortalecimento do pequeno empresário goiano Rubens Fileti, presidente da Acieg (Foto: Anna Stella/A Redação)José Abrão
 
Goiânia – A edição 2025 da Feira Internacional do Comércio Exterior do Brasil Central (Ficomex) já tem data e local definidos: será entre os dias 4 e 6 de setembro, no Centro de Convenções de Goiânia. O evento, promovido pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços do Estado de Goiás (Acieg), completa 20 anos e espera reunir mais de 200 expositores, além de uma programação recheada que deve ser divulgada em breve.
 
O “esquenta” do evento começa nesta quinta (7/5), na sede da associação, no Setor Oeste, com o primeiro de uma série de eventos preparatórios para dar um gostinho potencial do que vem por aí em setembro, e contará com a presença de representantes das áreas comerciais das embaixadas da Argentina, Paraguai e Uruguai. A entrada é gratuita e aberta ao público, basta fazer sua inscrição.
 
“Nós despertamos blocos econômicos de alguns países que estão bem ligados às nossas entidades e aos nossos negócios de importação e exportação. Com nossos pré-eventos, vamos preparando os empresários para despertar aquela curiosidade, fazer o networking”, explica o presidente da Acieg, Rubens Fileti.

Este ano, a edição terá um olhar especial para as micro e pequenas empresas que querem ingressar no comércio exterior. “Às vezes, eles têm muitas dúvidas, os caminhos são um pouco mais difíceis, o comércio exterior tem essa dificuldade, principalmente quando você é uma empresa de pequeno porte”, comenta Fileti. “As entidades estão muito focadas no apoio à micro e pequena empresa, porque elas precisam muito mais da gente na parte da política pública, que possa ajudar efetivamente no seu negócio no dia a dia. Queremos abraçar isso realmente para diminuir essas dificuldades”, completa.

Rubens Fileti (Foto: Anna Stella/A Redação) 

Uma grande novidade este ano é a ampla participação da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), que, após ótimos resultados em 2024, ampliou sua presença, trazendo o programa Exporta Mais, com 12 compradores de fora e 48 vendedores do Brasil. “A Apex vem com a rota do exportador dentro do seu estande. Vai ser um evento com muito apoio institucional e apoio financeiro, porque, quando a Apex entra com esse projeto do Exporta Mais, ela banca todas as despesas dos compradores e vendedores. Também tem uma chamada no site da Apex, em que as pessoas podem se inscrever e, dentro da feira, ter essa conexão de negócio”, explica Fileti. Essa ação da Apex será focada especificamente na área de comidas e bebidas. “Esse tipo de evento fomenta todo esse mercado. E, visando isso, nós temos lá mais de 80 estandes só para micro e pequena empresa”, completa.
 
Estados
No ano passado, participaram os Estados membros do Consórcio Brasil Central, e os resultados foram tão positivos que seus governadores e comitivas não apenas retornam, como há uma fila de espera de seis outros Estados que querem participar, dos quais a organização selecionará dois, por falta de espaço. “Esse desejo foi criado no ano passado de mostrar a sua potencialidade. Abrimos esse interesse para os outros Estados participarem da feira, para atrair investimentos”, conta. Além deles, 12 municípios brasileiros terão estandes no evento.
 
Essa ampla participação fortalece outro eixo do evento, que é o de fortalecer políticas públicas e de ampliar e melhorar as parcerias público-privadas: “O segredo do sucesso é ter uma relação muito transparente, de muita articulação, de muito negócio. A transparência do público-privado gera bons negócios”, afirma Fileti. Ao seu ver, o crescimento da feira e do interesse externo fortalece nosso Estado e confere protagonismo a Goiás. “Já temos protagonismo em alguns segmentos, principalmente no agronegócio e na mineração, mas, em outros momentos, ganhamos protagonismo em vários outros segmentos. Quem poderia imaginar que Goiás seria referência em Inteligência Artificial?”, comenta. O tema da feira deste ano é “Transformação Digital e Sustentabilidade no Mercado Global”, e Fileti salienta que o Estado está à frente no mercado de inovações sustentáveis.

 Rubens Fileti (Foto: Anna Stella/A Redação) 
 
Isso sem mencionar a participação das embaixadas e comitivas internacionais. “A participação das câmaras de comércio, a participação das embaixadas na feira foi algo extraordinário. Israel participou no ano passado com mais de 10 empresas. Foi um sinal de que realmente Goiás está tendo um protagonismo muito grande e que a Ficomex deixa de ser um evento de Goiás para ser um evento do mundo”, comemora Fileti.
 
No âmbito das políticas públicas, a principal demanda continua sendo a logística. “Nós temos uma grande deficiência hoje no escoamento da nossa produção, não é só em Goiás, mas no Brasil inteiro. Tanto é que todos os grandes portos já confirmaram presença novamente na feira este ano. Todos, sem exceção”, conta Fileti. “Ano passado, os Correios participaram e, até metade do primeiro dia, já tinham batido todas as metas de contratos do ano inteiro. Essa conexão com o setor logístico também é muito importante dentro da nossa feira”, adiciona.
 
Chamariz global
Fileti destacou como os bons resultados têm atraído o interesse de embaixadas e empresas do exterior que não estão familiarizadas com o potencial de Goiás. “Queremos fazer essa diversificação de investimentos e trazer novas tecnologias para o nosso Estado, que às vezes é subestimado em alguns segmentos, mas, quando a gente vai pra fora, somos reconhecidos”, comenta.
 
Ele destaca que, depois do evento do ano passado, a Acieg foi convidada para a Câmara de Comércio Japonesa, em São Paulo — um grupo muito exclusivo, com cerca de 200 marcas nipônicas de portes variados, incluindo Mitsubishi e Toyota. “Isso nos surpreendeu. Estivemos lá há cerca de 50 dias para apresentar as empresas que se destacam no mercado goiano, que são conduzidas por descendentes japoneses. O interesse dos grandes empresários japoneses é algo que faz brilhar os nossos olhos, porque temos muitas oportunidades para trazer novos investimentos para Goiás”, conclui.
 
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