A Redação
Goiânia - Depois que a maioria dos líderes partidários da Câmara dos Deputados decidiu adiar a votação da urgência do projeto de lei (PL) que concede anistia a condenados por tentativa de golpe de Estado no Brasil que culminou com o 8 de janeiro de 2023, os líderes da oposição e do PL, Luciano Zucco (PL-RS) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmaram que vão retomar o movimento de obstrução para travar a pauta de votações da Casa.
"O que nós queremos é fazer justiça a essas pessoas [os condenados pelos atos de 8 de janeiro]. Nós, do PL, não vamos retroceder um milímetro enquanto a anistia não for pautada nesta Casa", afirmou Sóstenes, líder do partido que tem 92 deputados, nesta quinta-feira (24/4).
Mais cedo, ele chegou a afirmar que a medida, no entanto, não será aplicada às propostas em discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que tratam do recurso contra a cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) e da matéria que suspende a ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) no Supremo Tribunal Federal (STF).
Aos jornalistas, Zucco afirmou que “forças ocultas” trabalharam contra o requerimento de urgência e que a decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), é um desrespeito aos demais congressistas, já que o PL conseguiu 264 assinaturas pela urgência. “Vamos sair da obstrução somente quando tivermos a data marcada para a anistia.”