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Pesquisa

Transtorno de jogo afeta 1,4 milhão de brasileiros, diz estudo

Pessoas de baixa renda são as mais afetadas | 16.04.25 - 09:00 Transtorno de jogo afeta 1,4 milhão de brasileiros, diz estudo 10 milhões de brasileiros apresentam sintomas (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)A Redação
 
Goiânia – Um estudo inédito realizado no Brasil revelou que 1,4 milhão de pessoas já desenvolveram transtornos relacionados ao jogo, caracterizados por prejuízos pessoais, sociais ou financeiros. Além disso, 10,9 milhões de brasileiros apresentam sintomas de dependência em jogos de aposta, com maior prevalência entre adolescentes e pessoas de baixa renda.
 
O inquérito epidemiológico entrevistou uma amostra representativa de 16,6 mil participantes com 14 anos ou mais, em todas as regiões do país, entre 2023 e 2024. A pesquisa integra a terceira edição do Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), divulgado recentemente pelo Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas, do Ministério da Justiça.
 
Segundo o estudo, 25,9% da população brasileira já apostou alguma vez na vida e 17,6% apostou no último ano. As plataformas digitais, conhecidas como “bets”, já são a segunda modalidade de jogo mais utilizada no país, representando 32,1% — quase um terço — dos apostadores. Em números absolutos, são 9,13 milhões de brasileiros que utilizam essas plataformas online.
 
Mais de um terço (38,4%) dos brasileiros que apostaram no último ano foram considerados em situação de risco ou já classificados como jogadores problemáticos, de acordo com a escala PGSI (Problem Gambling Severity Index), instrumento utilizado no estudo para identificar critérios diagnósticos do transtorno de jogo, reconhecido pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM).
 
Os dados também indicaram que 4,4% (IC95%: 2,8–6,8) do total de apostadores possivelmente já desenvolveram o transtorno de jogo, o que corresponde a 0,8% da população brasileira.
 
“Os dados do levantamento evidenciam a crescente popularidade dos jogos de aposta no Brasil, impulsionada pelas plataformas online. Além disso, o envolvimento precoce de adolescentes, os altos índices de problemas entre usuários de bets e a relação entre vulnerabilidade socioeconômica e o maior risco de transtorno de jogo reforçam a urgência de políticas públicas que protejam a saúde mental da população”, afirma o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, professor titular da Unifesp e presidente da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM).
 
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