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Política

“100 dias de mais do mesmo”, critica Kátia sobre a gestão de Mabel

Vereadora não vê mudanças prometidas | 10.04.25 - 15:18 “100 dias de mais do mesmo”, critica Kátia sobre a gestão de Mabel Vereadora Kátia (Foto: divulgação)
A Redação

Goiânia - 
A vereadora Kátia (PT) fez um duro balanço dos primeiros 100 dias da gestão do prefeito Sandro Mabel (UB), nesta quinta-feira (10/4). Para ela, o discurso de mudança não passou de promessa de campanha. “É mais do mesmo. Um governo que continua com os mesmos problemas, os mesmos nomes e a mesma falta de compromisso com a população”, criticou.
Desde que Mabel assumiu o Paço Municipal, Kátia tem se posicionado com firmeza diante de medidas que ela considera autoritárias e ineficazes. Um dos primeiros pontos questionados pela vereadora foi o decreto de calamidade financeira, editado pelo prefeito em janeiro.

“Até hoje não mostraram dados técnicos que justificassem essa medida extrema. Criaram um clima de terror orçamentário para cortar direitos, atropelar a lei de licitação, suspender concursos e precarizar ainda mais os serviços públicos”, declarou. Ela ainda classificou o decreto como uma manobra política para tentar livrar o Executivo das responsabilidades com a cidade. “E, em meio a essa calamidade, promovem shows e festa”, acrescentou.

Outro ponto criticado por Kátia é a superlotação nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs). Em audiência pública realizada na Câmara, a parlamentar denunciou que a abertura de vagas tem sido feita sem estrutura ou contratação de profissionais. “Transformaram os CMEIs em depósitos de crianças. É um desrespeito com as famílias, com as educadoras e, principalmente, com nossas crianças”, alertou.

A crise na saúde pública também entrou no radar da vereadora. Kátia apontou o desmonte das maternidades públicas e a dívida acumulada com a Fundahc, que ultrapassa R$ 80 milhões. A suspensão de atendimentos e a ameaça de colapso nos serviços motivaram críticas à falta de planejamento da gestão. “Enquanto a cidade sofre com a precariedade no atendimento, o prefeito faz promessas e vídeos. A população quer saúde, não espetáculo”, disse. A vereadora também lembrou a audiência pública que realizou na Maternidade Nascer Cidadão, na qual a representante da Secretaria de Saúde deixou bem claro que estão alterando o contrato com a Fundahc, gestora da maternidade, para encaminhar procedimentos a outros hospitais.

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“Ficou muito claro essa medida: estão cortando da Fundahc para levar para outros prestadores, mas por que?”, questionou. “Por que a prefeitura tira procedimentos de um hospital que é especializado na saúde da mulher e levam para outros hospitais que não tem a mesma qualidade?”, indagou. 

Outra crítica da vereadora diz respeito ao contrato da Limpagyn e o sucateamento da Comurg. Um exemplo recente da falta de estrutura e abandono da zeladoria urbana foi mostrado pelo jornal O Popular, que nesta quarta-feira (10/04) revelou que os garis de Goiânia estão trabalhando sem sacos de lixo, o que tem tornado o serviço praticamente inútil. Para Kátia, a matéria confirma o que já vinha sendo denunciado por servidores e moradores. “É um retrato do abandono. Sem material básico, sem valorização dos trabalhadores e com a cidade cada vez mais suja. Isso não é gestão, é descaso. E a Limpagyn continua recebendo para limpar e não limpa”, afirmou.

A vereadora também criticou a manutenção de figuras da antiga gestão de Rogério Cruz nos cargos de comando da atual administração. “Mabel vendeu a imagem de mudança, colocou faixa no Paço afirmando ‘nova direção’, mas manteve as mesmas práticas, os mesmos nomes e os mesmos vícios. Não é mudança, é continuidade do desgoverno anterior”, resumiu.

Outro ponto que tem incomodado servidores e lideranças sindicais é o tratamento truculento dado por Mabel a alguns setores do funcionalismo público, especialmente diante das reivindicações por reajuste e condições de trabalho. Segundo Kátia, a postura do prefeito tem sido marcada por “autoritarismo, arrogância e falta de diálogo”.

Para completar, a parlamentar ainda ironiza o comportamento midiático do gestor. “Tem sido mais TikToker do que prefeito. A cidade precisa de ação concreta, não de performance em redes sociais. Enquanto ele grava vídeos, os serviços públicos desabam”, disparou.

A vereadora promete continuar fiscalizando e denunciando os problemas da gestão. “Goiânia precisa de um governo sério, que respeite as pessoas e enfrente os problemas de verdade. Não podemos aceitar maquiagem, nem retrocesso”, conclui.


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