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Política

Caiado adota tom conciliador e chama Bolsonaro de “meu presidente”

Governador esteve em ato bolsonarista em SP | 07.04.25 - 09:19 Caiado adota tom conciliador e chama Bolsonaro de “meu presidente” Bolsonaro e Caiado em ato pró-anistia em São Paulo (Foto: reprodução)
Ludymila Siqueira

Goiânia - 
O governador de Goiás e pré-candidato à Presidência da República, Ronaldo Caiado (União Brasil), participou no domingo (6/4) de ato pró-anistia promovido por apoiadores e lideranças políticas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo. Conforme mostrou a reportagem do jornal A Redação, Bolsonaro telefonou para Caiado nas últimas semanas para convidá-lo para o evento. 
 
A presença de Caiado no ato ocorreu apenas dois dias após ele oficializar sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, durante um evento no Centro de Convenções de Salvador. Na ocasião, o goiano destacou sua independência política, afirmando não ser "candidato de colete, nem candidato de barra de saia de ninguém”.
 
Em publicações nas redes sociais sobre o ato na Paulista, Caiado adotou um tom de conciliação e defendeu um “país unido, que precisa andar para frente com justiça e paz”. Em uma das mensagens, referiu-se a Bolsonaro como “meu presidente”. No total, foram seis postagens nas redes do governador com essa mesma linha de discurso pacificador.
 
“Seguimos juntos, com fé no Brasil e unidos pela anistia humanitária. Estamos ao lado de milhares de famílias que têm sofrido com injustiças. Contra a crueldade, contra o abuso de poder, e por um país livre, onde prevaleça o respeito à Constituição, à liberdade de expressão e à democracia. O Brasil precisa andar para frente, com justiça, paz e união. Conte conosco, presidente Jair Messias Bolsonaro”, escreveu Caiado.
 
A participação na manifestação também simboliza a reaproximação entre Caiado e Bolsonaro, que estavam distantes desde as eleições municipais de 2024, quando ambos lançaram candidatos distintos à Prefeitura de Goiânia. Na ocasião, o governador saiu vitorioso, ao conseguir eleger Sandro Mabel, em disputa direta com Fred Rodrigues, nome apoiado por Bolsonaro.
 
Anistia pressiona a Câmara 
A pauta da anistia tem pressionado o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Hugo Motta (Republicanos). No ato realizado na Avenida Paulista no domingo (6), deputados federais e senadores usaram a manifestação para reforçar essa pressão pela votação do projeto de lei que anistia os presos que participaram dos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
 
Na última semana, Hugo Motta sinalizou que não cederá a qualquer pressão para pautar o projeto. O presidente da Casa Legislativa afirmou que "irá consultar todas as lideranças partidárias".
 
Considerada pauta prioritária para a oposição, a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro está travada na Câmara desde o ano passado. No fim de outubro de 2024, o então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), deu novo despacho e retirou o projeto da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde estava prestes a ser votado.
 
Desde então, está pendente a criação de uma comissão especial para analisar a proposta. Para tal, é necessário o aval de Hugo Motta para que os chefes de bancada indiquem os integrantes do colegiado.
 
A bancada do PL e líderes que apoiam a proposta se reuniram com Hugo na terça-feira (1º/4) para tentar convencer o presidente da Casa a pautar o requerimento de urgência do projeto.
 
Caiado, por sua vez, tem afirmado ter sido o primeiro a defender a anistia. “Fui um dos primeiros a defender a anistia e a pacificação do país, em fevereiro do ano passado”, escreveu nas redes sociais. Segundo ele, o país precisa deixar esse episódio para trás. “O Brasil precisa virar essa página e focar no que realmente importa para o nosso povo: segurança pública, combate à inflação, saúde de qualidade e educação eficiente”, afirmou no domingo, conforme já havia relatado no ato pró-anistia no Rio de Janeiro, no último mês.
 
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