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Ciência

Estudo da UFG revela possível agravante da doença celíaca

Proteína intensifica inflamação | 28.03.25 - 08:41 Estudo da UFG revela possível agravante da doença celíaca Doença celíaca causa danos às vilosidades da parede intestinal (Imagem: Be Your Future)A Redação
 
Goiânia – Um estudo conduzido pelo Laboratório de Imunologia de Mucosas e Imunoinformática (Limim), do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da Universidade Federal de Goiás (Iptsp/UFG), traz novas pistas sobre os mecanismos envolvidos no desenvolvimento e agravamento da doença celíaca. Os pesquisadores analisaram o papel do TREM-1, uma proteína que ajuda a regular a resposta inflamatória do organismo, e descobriram que ele pode estar envolvido na inflamação intestinal causada pelo consumo de glúten.
 
A doença celíaca é uma condição autoimune desencadeada pela ingestão de glúten, uma proteína presente no trigo, cevada e centeio. Em pessoas com essa doença, o sistema imunológico reage exageradamente ao glúten no intestino, causando inflamação crônica, que pode provocar fadiga, dores abdominais, diarreia, irritação na pele, entre outros sintomas. Embora já se saiba que o sistema imune desempenha um papel central nesse processo, os cientistas buscam entender melhor como ele é ativado e ampliado.
 
O estudo focou no TREM-1, uma proteína presente na superfície de células imunes e não imunes, como o próprio intestino. Essa proteína funciona como um "amplificador" da inflamação: quando ativada, ela faz com que o sistema imunológico reaja de forma mais intensa. Para investigar se o TREM-1 estaria envolvido na doença celíaca, os pesquisadores utilizaram simulações computacionais e informações disponíveis em bancos de dados públicos sobre pacientes com essa condição.
 
"Ao analisarmos os dados, observamos que o TREM-1 pode se ligar a fragmentos específicos do glúten, intensificando a resposta imunológica. Isso sugere que essa proteína pode ser um fator-chave para a progressão da doença", explica Helioswilton Sales-Campos, coordenador do Limim. Os pesquisadores também descobriram que a ativação do TREM-1 é mais intensa em pacientes com doença celíaca ativa, enquanto aqueles em remissão apresentam níveis da proteína semelhantes aos de indivíduos saudáveis.
 
"Compreender melhor esse mecanismo pode nos ajudar a desenvolver estratégias para modular essa resposta e, quem sabe, minimizar os danos causados pela doença celíaca", conclui o professor.
 
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