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Igreja Católica

Campanha da Fraternidade propõe “conversão ecológica”, diz Dom João Justino

Arquidiocese fez lançamento em Goiânia | 06.03.25 - 11:04 Campanha da Fraternidade propõe “conversão ecológica”, diz Dom João Justino Arcebispo Dom João Justino (Foto: Talita Salgado/Arquidiocese de Goiânia)José Abrão
 
Goiânia – "Tudo está interligado, como se fôssemos um. Tudo está interligado nesta casa comum." Assim começa o texto no folheto oficial distribuído durante o lançamento da Campanha da Fraternidade 2025, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O evento em Goiânia, realizado nesta quinta-feira (6/3), reuniu fiéis na Paróquia São Francisco de Assis, localizada no Setor Universitário. 
 
Neste ano, o tema escolhido é "Fraternidade e Ecologia Integral", com o lema “Deus viu que tudo era muito bom”, tirado do versículo 31 do primeiro capítulo de Gênesis. A celebração contou com a presença do arcebispo de Goiânia, Dom João Justino, que ressaltou a relevância da temática abordada nesta edição.
 
“Todos estamos vivendo, como é perceptível, uma crise socioambiental que nos preocupa muito. Não é um discurso da Igreja, mas é algo que vem da observação de cientistas, gestores, estudiosos, pesquisadores e até mesmo, eu diria, do senso comum, quando percebemos as mudanças climáticas no aumento da temperatura ou nesses eventos climáticos extremos, como as enchentes no Rio Grande do Sul e a seca na Amazônia. Quem imaginaria que na Amazônia haveria seca?”, pontuou Dom Justino.

(Foto: Arquidiocese de Goiânia)
 
Segundo o arcebispo, a campanha, focada no meio ambiente, destaca que “nós precisamos mudar o nosso modo de nos organizar em relação à Terra, ao planeta, aos recursos. E a campanha propõe, então, a partir desse conceito de ecologia integral, repensarmos nossa relação com a casa comum, um termo que se tornou bastante conhecido a partir da encíclica do Papa Francisco, em 2015, sobretudo com a casa comum”. A encíclica é uma carta escrita pelo Papa que orienta a Igreja Católica sobre assuntos de interesse social, e o meio ambiente já era uma questão fundamental para o Vaticano em 2015.

Dom Justino lembra que o Papa convidou os fiéis a uma “conversão ecológica”, proposta da Campanha da Fraternidade 2025, que seria exatamente rever “nosso modo de lidar com a casa comum”, que é o planeta Terra. A coleta solidária da campanha deste ano ocorre nos dias 12 e 13 de abril, durante o fim de semana do Domingo de Ramos, em todas as igrejas. 60% do valor arrecadado fica com a diocese e 40% vai para o fundo nacional.

Arcebispo Dom João Justino (Foto: Talita Salgado/Arquidiocese de Goiânia)
 
O arcebispo relata que, na campanha do ano passado, o valor arrecadado em Goiânia foi de R$ 80 mil, destinado a quatro instituições que cuidam de idosos. Neste ano, o foco deverá ser em entidades com ações voltadas para a reciclagem e a preservação ambiental. O edital deve ser divulgado na semana após a Páscoa.
 
“Este ano, ainda não temos definidos os projetos para os quais serão destinados os recursos, mas já começamos a perceber, por exemplo, que poderíamos ajudar cooperativas que trabalham com reciclagem e que dependem dos catadores, que é o ganha-pão deles. Essa é uma primeira indicação”, comenta.

(Foto: Arquidiocese de Goiânia)

Além disso, Dom João diz que é momento para os fiéis se atentarem para ações individuais e comunitárias. “O tema é muito amplo. É preciso criar espaços, rodas de conversa, para que as pessoas possam descobrir pequenas ações nas quais elas podem se engajar. Devemos sensibilizar as escolas, as crianças, porque é uma mudança de envergadura muito grande e que depende da educação, pois é uma mudança cultural”, pondera.
 
“É uma mudança muito lenta, mas precisamos acelerar: o tempo vai ficando cada vez mais curto. A natureza da Campanha da Fraternidade está associada ao tema da mudança, da conversão, de modo bastante concreto, no sentido de que eu mudo a minha relação com Deus, mudo a minha relação com os irmãos, mudo a minha relação com o mundo. E isso deve ficar patente, evidenciado, num modo novo de agir”, conclui.

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